Bom, algumas coisas demoram, mas finalmente chegam! Você já viajaram comigo no tempo e relembraram a jornada pela região de Kanto e também pelas Ilhas Laranja, agora apertem os cintos porque estamos prestes a percorrer a maior trajetória até aqui!
ANIME
– A LIGA JOHTO
(Parte 1)
Sendo atualmente a segunda mais longa de todas as sagas da série, com um total de 158 episódios exibidos entre 14 de outubro de 1999 a 14 de novembro de 2002 no Japão, esta foi definitivamente uma aventura bem maior que suas antecessoras, mas quantidade esteve bem longe de ser sinônimo de qualidade aqui. Se os produtores e roteiristas da série já não demonstravam saber muito bem o que estavam fazendo na saga da Liga de Índigo, eles não pareceram ter pensado muito em como tornariam todos esses anos esticados de Liga Johto relevantes e interessantes para os telespectadores. Diferente da primeira saga em que o ritmo começou acelerado e depois desacelerou drasticamente, aqui toda a saga foi levada a passos lentos, afinal era o mesmo número de Insígnias e Ginásios da primeira jornada, o mesmo número de protagonistas, mas muito mais episódios entre cada conquista do Treinador de Pallet!
Jogando a criatividade de lado, os roteiristas simplesmente decidiram levar a série adiante usando os mesmos artifícios com os quais já haviam trabalhado antes, mas sem toda a influência da cultura japonesa e o nonsense ocasional que davam um certo diferencial à série. E logo o que era novidade e carismático e havia conquistado o público tornou-se repetitivo e a melhora que os fãs esperavam não se realizou – ao menos não da forma como esperada, porque houve sim melhoras! E nem os 100 novos Pokémon de Gold & Silver foram o suficiente para ocupar essas lacunas imensas imensas entre um episódio importante e outro. Assim, entre capturas, lutas de Ginásio, algumas evoluções e outros acontecimentos relevantes para série, havia dúzias de fillers, capítulos cujo único propósito era encher linguiça até um grande evento acontecer. E a grande maioria desses fillers consistia basicamente na reciclagem da mesma ideia: Ash chega a um local, conhece um Treinador que possui um Pokémon diferente, que acaba sendo roubado pela Equipe Rocket, então Ash faz a Equipe Rocket decolar de novo, salvando o dia e tudo acaba bem. Agora imagine que dos 158 episódios, apenas cerca de 90 nos mostraram algo relevante ou diferente para a saga, enquanto os outros seguiram aquele enredo repetido – e considere ainda que muitas vezes os episódios onde coisas importantes aconteciam também seguiam o roteiro básico citado acima com um diferencial como captura ou evolução mais para o final. E isso bastou para que Pokémon começasse a perder toda a força que tinha, especialmente no ocidente.
EQUIPE DE PRODUÇÃO AMERICANA
Produção americana: 4Kids Productions, Inc.
Produtores executivos: Alfred R. Kahn, Norman J. Grossfeld e Tom Kenney.
INTRODUÇÃO
Em 21 de novembro de 1999, os jogos Pokémon Gold Version (Pocket Monsters Gold Version) e Pokémon Silver Version (Pocket Monsters Silver Version) chegaram às lojas japonesas! O primeiro passo que a Nintendo dava em direção a uma eterna renovação periódica da franquia, os jogos muito aguardados vinham acompanhados de uma infinidade de produtos estrelando Pikachu e a nova centena de monstros de bolso para lotar as prateleiras das lojas japonesas! Isso serviu para dar um novo gás à marca. Em Gold & Silver, os jogadores puderam explorar a região de Johto numa experiência de jogo ampliada e muito melhorada em relação aos originais Red & Green e, de quebra, ainda descobrir o nome da região anterior: Kanto! Com a chegada dos novos títulos da franquia e de todas as novidades que os acompanhavam, esperava-se que o anime também sofresse uma renovação, afinal a Liga Laranja deu um caldo bom, mas os fãs ainda sentiam falta de algo. A grande expectativa era de que as aventuras de Ash Ketchum tomassem novo vigor em sua nova jornada.
Em 21 de novembro de 1999, os jogos Pokémon Gold Version (Pocket Monsters Gold Version) e Pokémon Silver Version (Pocket Monsters Silver Version) chegaram às lojas japonesas! O primeiro passo que a Nintendo dava em direção a uma eterna renovação periódica da franquia, os jogos muito aguardados vinham acompanhados de uma infinidade de produtos estrelando Pikachu e a nova centena de monstros de bolso para lotar as prateleiras das lojas japonesas! Isso serviu para dar um novo gás à marca. Em Gold & Silver, os jogadores puderam explorar a região de Johto numa experiência de jogo ampliada e muito melhorada em relação aos originais Red & Green e, de quebra, ainda descobrir o nome da região anterior: Kanto! Com a chegada dos novos títulos da franquia e de todas as novidades que os acompanhavam, esperava-se que o anime também sofresse uma renovação, afinal a Liga Laranja deu um caldo bom, mas os fãs ainda sentiam falta de algo. A grande expectativa era de que as aventuras de Ash Ketchum tomassem novo vigor em sua nova jornada.
Sendo atualmente a segunda mais longa de todas as sagas da série, com um total de 158 episódios exibidos entre 14 de outubro de 1999 a 14 de novembro de 2002 no Japão, esta foi definitivamente uma aventura bem maior que suas antecessoras, mas quantidade esteve bem longe de ser sinônimo de qualidade aqui. Se os produtores e roteiristas da série já não demonstravam saber muito bem o que estavam fazendo na saga da Liga de Índigo, eles não pareceram ter pensado muito em como tornariam todos esses anos esticados de Liga Johto relevantes e interessantes para os telespectadores. Diferente da primeira saga em que o ritmo começou acelerado e depois desacelerou drasticamente, aqui toda a saga foi levada a passos lentos, afinal era o mesmo número de Insígnias e Ginásios da primeira jornada, o mesmo número de protagonistas, mas muito mais episódios entre cada conquista do Treinador de Pallet!
Jogando a criatividade de lado, os roteiristas simplesmente decidiram levar a série adiante usando os mesmos artifícios com os quais já haviam trabalhado antes, mas sem toda a influência da cultura japonesa e o nonsense ocasional que davam um certo diferencial à série. E logo o que era novidade e carismático e havia conquistado o público tornou-se repetitivo e a melhora que os fãs esperavam não se realizou – ao menos não da forma como esperada, porque houve sim melhoras! E nem os 100 novos Pokémon de Gold & Silver foram o suficiente para ocupar essas lacunas imensas imensas entre um episódio importante e outro. Assim, entre capturas, lutas de Ginásio, algumas evoluções e outros acontecimentos relevantes para série, havia dúzias de fillers, capítulos cujo único propósito era encher linguiça até um grande evento acontecer. E a grande maioria desses fillers consistia basicamente na reciclagem da mesma ideia: Ash chega a um local, conhece um Treinador que possui um Pokémon diferente, que acaba sendo roubado pela Equipe Rocket, então Ash faz a Equipe Rocket decolar de novo, salvando o dia e tudo acaba bem. Agora imagine que dos 158 episódios, apenas cerca de 90 nos mostraram algo relevante ou diferente para a saga, enquanto os outros seguiram aquele enredo repetido – e considere ainda que muitas vezes os episódios onde coisas importantes aconteciam também seguiam o roteiro básico citado acima com um diferencial como captura ou evolução mais para o final. E isso bastou para que Pokémon começasse a perder toda a força que tinha, especialmente no ocidente.
Obviamente,
os responsáveis pela série perceberam que a coisa não estava agradando e
quando viram o quão enfadonha a situação estava ficando, começaram a
investir em arcos de história mais envolventes ou envolvendo múltiplos episódios – como a Competição dos
Redemoinhos, o mistério de Lugia, a jornada com Larvitar, etc, todos
eles ocorrendo, não por acaso, na fase final da saga. Apesar de todos os defeitos, Johto trouxe várias melhoras: Misty e Brock deixaram de ser
apenas acompanhantes de viagem e passaram a ter mais importância na
série, principalmente ela, que é a personagem que visivelmente mais
evoluiu nesta jornada, assim como Gary, o rival de Ash, que deixou de
ser mero alívio cômico e passou a ter uma presença mais
significativa, e embora as pessoas insistam que o Ash ficou mais
infantil, ele também teve seus próprios amadurecimentos. Um deles,
por exemplo, é o que fato de que ele passou a conquistar suas
Insígnias através batalhas sérias em vez dos vários méritos de
bom samaritano e sorte, tão comuns na fase da Liga de Índigo, aproximando-o mais da
experiência pessoal dos jogadores – o que ia de encontro ao fato
de que cada vez mais telespectadores do anime agora já jogavam os
jogos da série.
Diferente
da saga original, que ignorou boa parte da história principal de Red
& Blue, esta buscou utilizar muito mais elementos de Gold
& Silver, e a face
mais séria e sombria da Equipe Rocket foi finalmente mostrada para
dar uma variada no batido estilo pastelão do trio Jessie, James e
Meowth. As batalhas foram visualmente mais bem planejadas e
dinâmicas, alguns personagens do dia da saga de Índigo retornaram
em alguns episódios (embora sua presença nem fizesse tanta
diferença assim) e tanto os personagens quanto os Pokémon puderam
ser mais bem trabalhados. Também tivemos a primeira troca de Pokémon
definitiva na série. Entretanto, se nos jogos, evolução é um dos
principais métodos para tornar seu monstrinho mais forte, o
princípio ainda era mal visto no anime e poucos Pokémon evoluíam.
Em Johto isso se agravou. Em 158 episódios, Ash só evoluiu um
Pokémon a saga inteira, o que foi um problema que os próprios
roteiristas parecem ter reconhecido, dando mais destaque aos Pokémon
mais parrudos e experientes de Ash nas batalhas definitivas no último
Ginásio e na Liga.
Nas
terras ocidentais, o anime continuou a cargo da 4Kids e a saga foi
dividida em três fases distribuídas em quatro temporadas, sendo que
cada uma delas recebeu um nome diferente (estratégia inteligente, já
que isso ajudava a criar uma ideia de novidade para o público): 41
episódios ficaram na terceira temporada (Pokémon – The Johto
Journeys, As Jornadas
Johto), 52 na quarta temporada (Pokémon – Johto League
Champions, Campeões da
Liga Johto), 52 na quinta temporada (Pokémon – Master Quest,
A Busca do Mestre) e 12 na sexta temporada (a conclusão de Master
Quest). Assim como na saga em Kanto, um episódio acabou sendo
censurado por aqui. Acompanhando esses episódios, foram lançados
dois filmes para tevê e vários especiais de Natal, sendo todos
deles lançados pela 4Kids por aqui, mas de formas diferentes. Outra
coisa que se percebe muito em Johto é a grande influência do
politicamente correto ocidental na série – algo que já
começava a se evidenciar nas Ilhas Laranja: Gary, por exemplo, deixou de ser um garoto
de 10 anos acompanhado de um grupo de mulheres sensuais andando por
aí num carro zero, James parou de se fantasiar de mulher e em Johto,
praticamente não existiram praias e mulheres de biquíni tampouco seios
grandes. E apesar da região de Johto ser carregada de
características da cultura japonesa nos jogos Gold & Silver –
algo ainda mais evidente nos
remakes HeartGold & SoulSilver –,
no anime só algumas coisas se salvaram, como a Cidade de
Ecruteak e as Irmãs Quimono.
EQUIPE
DE PRODUÇÃO ORIGINAL
Produção
executiva: TV Tokyo,
TV Tokyo Medianet,
Shogakukan Production Co. Ltd.
Criado
por: Satoshi Tajiri.
Supervisor
de produção: Tsunekazu Ishihara.
Roteiristas:
Takeshi Shudo, Junki
Takegami, Yukiyoshi
Ohashi, Hideki
Sonoda, Atsuhiro
Tomioka, Shinzo
Fujita e Shoji
Yonemura.
Produtor
associado: Choji Yoshikawa.
Supervisor
de animação: Yoichi Kotabe.
Planejamento:
Keisuke Iwata (a partir de 2000), Takashi Kawahuchi e
Masakazu Kubo.
Diretor
executivo: Kunihiko Yuyama.
Construção
da série: Takeshi Shudo (até 2001)
Designer
de personagens: Sayuri Ichiishi.
Diretor
executivo de animação: Toshiya Yamada.
Animação
chave: Masaaki Iwane (a partir de 2000)
Diretor
de arte: Katsuyoshi Kanemura.
Coloração:
Norimichi Yoshino (até 1999) e Noriyuki Yoshino (a
partir de 2000)
Diretor
de fotografia: Motoaki Ikegami.
Editor:
Toshio Henmi.
Música:
Shinji Miyazaki.
Diretor
de gravação de som: Masafumi Mima.
Produtor
de animação: Shukichi Kanda.
Produção
de Animação: OLM.
Dirigido
por: Masamitsu Hidaka.
Produtores:
Makiko Iwata, Takayuki Yanagisawa e Takemoto Mori.
EQUIPE DE PRODUÇÃO AMERICANA
Produção americana: 4Kids Productions, Inc.
Produtores executivos: Alfred R. Kahn, Norman J. Grossfeld e Tom Kenney.
Produzido
por: Kathy Borland.
Diretores
de dublagem: Jim Malone (3ª-4ª temporadas) e Jason
Bergenfeld (4ª-5ª temporadas)
Diretores
adicionais: Jason Bergenfeld (3ª temporada), Eric Stuart,
Anthony Salerno (4ª temporada) e Ted Lewis (5ª
temporada).
Produtores
de dublagem: Larry Juris e Michael Haigney para TAJ
Productions.
Chefe
de produção: Michael Attanasio.
Tradução
de: Paul Taylor e Raleigh Morgan (5ª temporada).