quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Sir Charithoughts: Pokémon - A Origem - Parte 2

Olha só quem está surpreendentemente eficiente esta semana! Outro chartithought pra vocês em menos de uma semana!
Dando continuidade à matéria iniciada anteriormente, trago a segunda parte da análise do especial Pokémon - A Origem. Ainda não decidi quantas partes escreverei no final, pode ser mais uma ou mais duas. O lance é que como eu volto a trabalhar sábado agora, as coisas devem ficar mais difíceis nas próximas semanas, então aproveitem bem este bônus =D
Se você não leu a Parte 1 ainda, clique aqui.

Pokémon – A Origem
Parte 2 de ??? 

Salvamento 2: Cubone


Apesar de ser fã do anime Pokémon desde que ele começou a ser exibido no Brasil, meu contato com os jogos foi tardio – somente com Pokémon FireRed Version em 2005 quando meu pai mandou pra mim um lindo GBA SP preto (que tenho até hoje ♥) com o jogo. Lembro que um dos meus momentos favoritos jogando essa versão foi o arco em Lavender Town. Eu conhecia a cidade como a “cidade dos Pokémon Fantasmas” devido à abordagem dada a ela no anime, em que Ash e cia vão até lá só para pegar um Pokémon Fantasma para Ash usar contra Sabrina, mas não imaginava que a Pokémon Tower seria na verdade um cemitério para Pokémon, tampouco que estava sendo assombrada pelo espírito de uma mãe Marowak assassinada pelo Team Rocket! Enquanto o anime teve sua própria dose de episódios sinistros – “O Fantasma do Pico da Donzela” e o arco de Sabrina são inesquecíveis –, eu nunca entendi como podiam ter desperdiçado uma trama tão interessante quanto essa dos jogos.


terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Sir Charithoughts: Pokémon XY 013

Depois de sofrer umas ameaças de morte aí e tal por ter postado um charithought de Pokémon - A Origem ao invés do referente a este episódio, eu achei melhor postar esse aqui logo antes que alguém sequestrasse minha família e exigisse esta review como resgate. Bom, então aqui está, um charithought não tão feliz quanto eu gostaria que fosse...
Espero que gostem!
o//

#XY013/#817 – Sylveon VS Froakie! Pânico no Jardim de Infância!!



Certos ditados populares contém uma riqueza inestimável: “um é pouco, dois é bom, três é demais” contém uma sabedoria imensa embutida ali, que se aplica 100% a este 13° episódios de Pokémon XY. Já foram três episódios depois do meu elogio à primeira dezena de excelentes episódios desta série, mas semana após semana, desde então, eu tenho sentido que aquele ótimo trabalho apenas decaiu. Não é tanta surpresa já que desde a estreia surpreendentemente excelente muitos – inclusive eu – já profetizavam a queda de qualidade da série, e até me surpreendi ao ver que tivemos praticamente dez episódios seguidos com uma qualidade muito boa. Mas aí vieram três episódios não-tão-bons seguidos e a coisa já ficou crítica pra mim. Afinal de contas, cansa você ter que dizer pela terceira vez consecutiva que um episódio tem defeito a e b, mas qualidades x e y.


Sylveon VS Froakie! Pânico no Jardim de Infância!!” é um episódio essencialmente chato e repetitivo. Repetitivo a nível XY e repetitivo a nível toda a série também. E eu usei a palavra repetitivo repetitivamente para efeito de mostrar como odeio essa repetitividade repulsiva. O roteiro é de Shinzo Fujita, o mesmíssimo cara que escreveu os lindíssimos dois episódios de Ginásio de Santalune, então ele tem créditos muito positivos na casa, mas dá até tristeza pensar que episódios tão diferentes foram escritos pela mesma pessoa. Este capítulo utiliza MUITOS elementos de um episódio da saga em Kanto, "O Herói Perfeito", escrito por Yukioshi Ohashi.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Sir Charithoughts: Pokémon - A Origem - Parte 1

SURPRESA!!!
O blog está com layout novo \\o// (todo mérito de meu amigo Vitório Aguilera) e um charithought que pode ser o que vocês esperando (ou talvez o que vocês sempre estiveram esperando, vai saber), mas era um projeto antigo que eu sempre adiava, até que a equipe da Pokémon Blast News me fez o convite irrecusável de lançar as Pokébolas em graminhas mais exuberantes e eu decidi fazer um texto especial para a ocasião - aproveitando também o momento fraquinho de XY. Mas fiquem calmos, vocês ainda terão o charithought de XY que vocês tanto amam o mais cedo o possível <3
Espero que gostem ^^
P.S.: devido à mudança do layout algumas coisas ainda vão ter que se ajeitadas, mas com o tempo a gente resolve tudo.

Pokémon – A Origem
Parte 1 de ???

Escrever este charithought é uma verdadeira viagem no tempo a um momento não tão distante assim. Desde oito de janeiro de 2013, quando o anúncio internacional de Pokémon X & Y foi feito numa edição especial do Nintendo Direct – o serviço de vídeo online utilizado pela Nintendo para fazer anúncios importantes referentes aos jogos lançados para seus consoles – os fãs de Pokémon não tiveram sossego. As novidades iam pipocando primeiro aos poucos e então aos montes e enquanto algumas eram esperadas, outras não pegaram todo mundo de surpresa (andar em diagonal!!!!!), como o surgimento das Mega Evoluções. Mas nem todas as surpresas foram relacionadas a jogos. Durante o evento Pokémon Game Show, realizado em Tóquio em agosto para promover os novos jogos, foi revelado que em outubro os fãs assistiriam a um especial chamado Pocket Monsters – The Origin, Pokémon – A Origem.

As primeiras imagens mostravam não Ash, mas o próprio Red e seu rival Green, e prometia uma abordagem mais fiel aos jogos Pokémon Red Version & Pokémon Green Version. Isso foi o bastante para animar muita gente e atrair a atenção não apenas dos fiéis fãs da franquia ao longo dos anos, mas também daqueles que há muito haviam desistindo de Pikachu e cia, mas ainda eram jogadores ferrenhos – ou ainda guardavam Red & Blue naquele lugarzinho especial no nosso coração reservado à nostalgia. Havia também expectativa de que Pocket Monsters – The Origin fosse uma nova série animada mais próxima do conceito original dos jogos, ou até mesmo uma há muito esperada adaptação do mangá Pokémon Special/ Adventures para correr em paralelo com a série clássica – nenhuma das duas uma ideia completamente absurda em um mundo onde Fullmetal Alchemist: Brotherhood, Dragon Ball Kai, a nova série de Hunter X Hunter e o sempre adiado novo anime de Sailor Moon existem.

Em particular pra mim, Pocket Monsters – The Origin representava uma nova chance de recomeçar. Como você pode ler aqui, aqui e aqui, eu detesto a série Best Wishes! do anime. Foi nessa época que eu meio que deixei meu blog de lado e não havia, na época, o MENOR sinal de que Pokémon XY acabaria tendo um começo tão bacana! Logo, a possibilidade de uma nova série animada que resgatasse a franquia e a colocasse novamente numa posição interessante era algo muito animador. Mas logo foi revelado que se tratava apenas de um especial – o que foi bem broxante, já que seria impossível adaptar toda a história dos jogos em um episódio especial apenas –, mas então que seria um especial de pouco mais de uma hora e meia – o que amenizou o broxamento, mas ainda não resolvia o problema. Enfim, 02 de outubro chegou e finalmente pudemos conferir Pocket Monsters – The Origin!

A aventura de Ash e seus amigos foi quase toda idealizada por um homem chamado Takeshi Shudo, e sua equipe. Já falecido, o sr. Shudo foi o responsável por Pokémon desde o primeiro episódio até metade da fase Johto. Foi a equipe de Shudo que ficou responsável por primeiro adaptar as ideias de Satoshi Tajiri para os jogos Red & Green em um anime. Takeshi Shudo e seus colegas então decidiram que o objetivo principal da jornada de Ash não seria completar a Pokédex, mas se tornar um Mestre Pokémon, e que ele teria dois Líderes de Ginásio como seus companheiros de jornada, e que os Pokémon, em sua maioria, emitiriam sons que fossem basicamente repetições de seus próprios nomes, e que as Pokébolas não quebrariam quando falhassem em capturar um Pokémon, e que a trama da Equipe Rocket não seria seguida à risca para dar foco ao rico trio Jessie, James e Meowth, entre outras coisas. E é esta visão de Takeshi Shudo que ainda hoje perdura por todos esses anos no anime.

A primeira coisa que você precisa saber sobre Pokémon – A Origem é que cada “salvamento” (file) foi realizado por uma equipe completamente diferente da série original e isso se estende a basicamente TUDO neles: a animação, a trilha sonora, os roteiros, TUDO foi feito por um grupo diferente daquele que trabalha no anime tradicional há mais de 16 anos! Isto é um dos maiores trunfos do especial, porque nos permite ver uma série animada de Pokémon sob uma perspectiva diferente, algo que as diversas séries em mangá da franquia sempre proporcionaram aos seus leitores (Pokémon Adventures/ Pocket Monsters Special é apenas uma entre muitas séries em mangá sobre os monstros de bolso lançadas todos os anos no Japão). Além do mais, por mais que a série clássica de Pokémon seja imensamente popular entre os fãs do anime, quem nunca sonhou em ver sua própria aventura em Kanto ganhar vida?

Salvamento 1: Red

Logo no primeiro salvamento, “Red”, dá pra ver que essas diferentes equipes de produção tentaram ao máximo se distanciar da visão de Takeshi Shudo para o anime e criar sua própria versão para Pokémon, procurando focar exclusivamente nos jogos – vale dizer aqui, porém, que o especial acaba sendo mais uma adaptação dos fidelíssimos remakes de 2004, Pokémon FireRed Version e Pokémon LeafGreen Version, do que dos Red & Green originais de 1996. Esta grande fidelidade aos jogos acaba sendo um dos grandes trunfos do especial. Há, por exemplo, uma quantidade imensa de falas extraídas dos próprios jogos e transplantados para o especial de forma mais fluida. Tais diálogos evocam uma nostalgia incrível e até se torna parte da experiência identificá-los e tentar lembrar quando ou quem disse tal frase nos jogos. É ótimo também ver elementos que fazem parte de nossa jornada como Trainers nos jogos e que por tanto tempo foram ignorados na série animada clássica sendo referidos, como a jornada para se pegar Pokémon lendários, o dilema da Safari Zone, e, em especial, as TMs e HMs – embora o preço em dinheiro que se paga quando se perde uma batalha ainda tenha sido deixado de lado.

Existem umas decisões interessantes também. As Pokébolas, por exemplo, parecem ter sido algo em que eles tiveram um pouco dificuldade sobre que animação deviam seguir: ora parecia mais o estilo clássico dos jogos originais com fumacinhas e tal – como quando Eevee sai da Pokébola do Prof. Oak –, mas em outros momentos parecia seguir o estilo do anime com o raio para lançar e chamar o Pokémon de volta. (Vale lembrar que originalmente as Pokébolas se repartiam ao meio para capturar e liberar os Pokémon, mas isso mudou por influência do anime). Outra decisão interessante foi em relação às enfermeiras dos Centros Pokémon. Enquanto nos jogos, elas tendem a ficar mais parecidas com as Enfermeiras Joy do anime clássico a cada novo jogo, em Pokémon – A Origem elas são bem diferentes, tanto das enfermeiras do anime como umas das outras. Uma delas inclusive parece ser inspirada numa carta de TCG ilustrada por Ken Sugimori. Vale também observar como Pallet Town é bem maior do que sua contraparte nos jogos ou no anime protagonizado por Ash.

A história você já conhece de cor: Red e Green (Blue na versão americana), dois meninos de Pallet Town – que aparentam ter mais de dez anos, a propósito –, são convocados pelo renomado Prof. Oak para completar a Pokédex, uma enciclopédia Pokémon na qual o professor vem trabalhando há anos. Para fazer isso, eles recebem cada um Pokémon inicial – Charmander para Red e Squirtle para Green – e devem usá-los para capturar Pokémon para, desta forma, seus dados serem automaticamente inscritos na Pokédex. Apesar de o começo da jornada de um Treinador seja algo recorrente no anime clássico, o especial se diferencia ao estabelecer o objetivo principal de Red como sendo completar a Pokédex para o Prof. Oak; vencer batalhas é apenas um meio para alcançar esse sonho.

O foco deste primeiro salvamento, como o próprio nome entrega, é Red. Todo o desenvolvimento dele é feito basicamente aqui. Vemos como ele aprende a pegar Pokémon, que roubar é errado =P e ainda como batalhar, tendo o Gym Leader Brock como seu mentor. Devido ao fato de o especial ter que cobrir toda a história dos jogos Red, Green & Blue em apenas uma hora e meia, o personagem Red acabou tendo que ser bastante simplificado – apesar de os jogos darem praticamente nenhuma informação sobre sua personalidade – em um garoto desastrado determinado e com talento, nada muito distante do típico modelo de herói shonen. Entretanto, Red acaba sendo bem mais fácil de se relacionar que Ash, por exemplo, – especialmente se você jogou Red & Blue ou FireRed & LeafGreen justamente devido à grande semelhança de sua jornada – com as devidas licenças poéticas – com a nossa própria.

Um ponto de Red que me conflita é sua habilidade em batalha porque, verdade seja dita, ele não demonstra ser inteligente e esperto como Red em Pokémon Adventures ou mesmo criativo como Ash demonstrou ao longo dos anos. O que ele basicamente faz é mandar seus Pokémon atacarem e enquanto vemos ele aprendendo sobre a questão dos diferentes Types, – coisa que ele parece e ao mesmo tempo não parece ter dominado ele não é visto usando nenhum tipo de estratégia especificamente. Ao longo de todo o especial (talvez por que estratégia não fosse mesmo o forte nas batalhas em Red & Blue), as batalhas se mantém dentro do padrão dos jogos em que um Pokémon lança ataques no outro, sem as variáveis que as tornaram tão diferentes no anime – mesmo os movimentos de evasiva não são comandados pelos Trainers, mas sim feitos pelos próprios Pokémon de forma independente e não há criatividade nas estratégias. Ainda assim as batalhas são de tirar o fôlego graças à animação inspirada de todos os quatro salvamentos. Os diretores de animação abusam de efeitos belíssimos, ângulos e movimentos de câmera incríveis e movimentos riquíssimos para transformar o mais simples String Shot num momento emocionante – isso não pode ser tão percebido neste primeiro salvamento como no quarto.

Para aumentar a proximidade com os jogos, o especial também faz uso de contadores de HP, mas enquanto inicialmente eles são usados de forma coerente, ainda no final da primeira batalha em Pewter City Gym, há o momento em que o Scratch de Charmander de Red causa um dano exagerado no Onix de Brock – repare como tira muito mais dano do Onix do que tirara do Geodude no começo do episódio, uma incoerência que teria sido facilmente evitada se tivessem permitido que um dos Pokémon de Red tivesse usado Leer em Onix. Mas agora, vou parar por aqui porque já temos quase três páginas de texto e tanto você leitor quanto eu precisamos dar uma pausa – não quero ficar com LER, afinal. Aguarde – não muito tempo, prometo – pela continuação deste charithought sobre Pokémon – A Origem.

Imagens: tumblr.com e bulbapedia.bulbagarden.net

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Sir Charithoughts: Pokémon XY 012

Duas semanas de visitas de parentes foram o suficiente para atrasar ainda mais meus projetos no blog. Agora que todos se foram, vou tentar trazer mais coisas. TENTAR. Vocês sabem como eu não cumpro essas coisas né...
Bom, fiquem então com mais um Charithought enquanto esperam ansiosamente pelo ataque de ciúmes de Serena do próximo episódio =D

#XY012/#816 – Pegue o Mercador de Pokémon! Operação Disfarce de Spewpa!!



Expectativa é uma coisa interessante. Quando você não tem nenhuma, você acaba até se divertindo com o mais irrelevante dos episódios. Há muita coisa em “Peque o Mercador de Pokémon! Operação Disfarce de Spewpa!!” que eu não gosto, mas eu ainda achar o episódio bastante satisfatório. Não sei se é porque eu já sou tão cativado por esse quarteto de crianças que simplesmente vê-los interagindo já vale o episódio pra mim. O roteiro de Shoji Yonemura (relação completa dos episódios que ele escreveu aqui) é bem raso, mas é auxiliado por uma animação ótima. O design de Daz, o Mercador de Pokémon, está dentro do clichê de ladrão da série, mas consegue se destacar por alguma razão (não sei se é o bigode ou a monocelha... ou aqueles olhinhos azuis) e as cenas de ação são muito bem orquestradas, assim como a cena dos Vivillon voando é uma beleza gratuita apenas.



Como já dito, grande parte do problema com este episódio é o roteiro – mas Yonemura tem crédito na casa pelo excelente episódio de Clemont recuperando seu Ginásio. O primeiro problema é, claro, a Policial Jenny. Policiais Jenny, coitadas, são um eterno problema na série. As responsáveis por manterem a lei e a ordem no mundo Pokémon estão constantemente fora de vista quando realmente se precisa delas e tem um velho histórico de enlaçar/ interrogar/ acusar garotos inocentes primeiro, e perguntar depois =P (a galera a favor da redução da maioridade penal pira com cenas tipo ela entrando no Centro Pokémon e enlaçando um menino de dez anos pelo braço prometendo lhe mandar direto para a cadeia!) #semviolência


Isso sem contar que tipo em 100% das vezes elas fracassam em pegar os bandidos que estão perseguindo há anos até receberem ajuda de um trio/quarteto de crianças. Nesse episódio mesmo, o que leva uma fulana que se diz policial perseguir um bandido pilotando sua moto mais devagar que crianças correndo??? Pior ainda, depois que ela vai na FRENTE perseguir o sujeito, ela ainda chega lá CINCO minutos (sim, eu contei) depois das crianças que foram até o local A PÉ. Claro que com um julgamento tão ruim as coitadas nunca foram aceitas no comitê de juízes dos Torneios Pokémon. Pergunto-me o que seria do mundo Pokémon se não fossem essas crianças?



Engraçado que essa falha da Jenny conecta também com outra grande falha do roteiro pra mim: o desfecho da luta final. Na verdade, eu gosto muito da luta entre Froakie e Diggersby (eu adoro como Diggersby combina com Daz – adoro quando os Pokémon combinam com os Treinadores por alguma razão), e também gosto muito de ver como Yonemura teve o cuidado de fazer os golpes de Spewpa funcionarem de forma coerente. Além disso, é sempre legal ver o oprimido decidindo se levantar contra o opressor em vez de aceitar a defesa de um terceiro.

Meu problema, na realidade, é com aquele Pó Atordoante (Stun Spore) que finaliza tudo bem ao estilo Liga Índigo – em que basicamente qualquer condição de status era motivo para se retirar um Pokémon da batalha. Agora, não teria sido mais satisfatório se antes de a batalha ser concluída Jenny aparecesse com todos os Pokémon capturados por Daz liberados e atacando juntos? Isso teria deixado Jenny menos inútil com seu atraso, visto que enquanto a luta estaria ocorrendo lá fora, ela já teria se infiltrado no esconderijo e libertado os Spewpa pegos, e teria tornado a derrota do poderoso Diggersby mais convincente. Ou até mesmo quem sabe se Vivillon tivesse usado o maldito Pó do Sono no POKÉMON em vez de em seu Treinador? Isso também teria sido mais satisfatório. Enfim, havia várias possibilidades de ter amenizado a incompetência de Jenny e tornado a derrota de Diggersby mais plausível..



Fora isso, não dá pra negar que o episódio de alguns momentos muito bons também. As invenções de Clemont continuam sendo uma das novidades mais bacanas de XY pra mim. É claro que já ficou repetitivo e no final todo mundo sabe que a tal invenção vai explodir – eu assisti a este episódio com dois primos mais novos meus que estavam passando esses dias aqui em casa e são viciados em Pokémon porque eu me preocupo com a educação dos meus jovens rs e o mais novo dizia "Hm vai explodir" como se estivesse adivinhando o desfecho mais inusitado para a cena e eu teimei que não ia u.u pq detesto criança metida a sabe-tudo (e no fim tava errado e fui zoado i.i).

Mas por alguma razão eu ainda acho que cada invenção tem seu estilo único e eu gosto muito das reações que se seguem a cada explosão, ou do fato de as invenções sempre terem nomes que descrevem o que elas fazem, ou como ele consegue ser tão extravagante quanto Cilan sem ser nem metade tão chato com um blábláblá desnecessário. Também adoro a forma como Ash explica sobre evolução – e a reação de Pikachu ao final – e enquanto eu não sou muito fã desses episódios em que o mesmo Pokémon evolui duas vezes neles, a sequência de Spewpa para Vivillon foi muito bonita.



Além do design bacana, Daz também tem um dublador muito bom e vale destacar a forma característica com a qual ele fala, tudo isso contribuindo para torná-lo ao menos um criminoso mais convincente e perigoso. Eu gosto do fato de ele ter uma armadilha pronta para recepcionar as crianças, e especialmente a reação do Clemont quando ele ameaça vender Chespin. E que gracinha ver Froakie todo sorrateiro :3 Eu normalmente elogiaria a sugestão de Serena, mas querer disfarçar Ash de Spewpa... sério, Serena??? Sério que você achou que disfarçar Ash de um Spewpa gigante ia enganar alguém? Ou será que ela só aproveitou a deixa para realizar uma de suas antigas fantasias com o menino de Pallet? Fica aí a ideia para os debates.



Considerações finais: 

  • Já faz um tempo que eu queria investigar se os roteiristas de Pokémon faziam outra coisa da vida além de escrever episódios de Pokémon. Então eu dei uma pesquizada e decidi compartilhar meus achados com vocês. Eis alguns dos outros animes em que eles também trabalham (clique nos nomes para relação completa):
  • Atsuhiro Tomioka: Berserk, Battle Spirits, Fairy Tail, Os Super Onze, Samurai 7, O Príncipe do Tênis, Yu-Gi-Oh! 5D's;  
  • Junki Takegami: Dragon Ball GT, Inuyasha, Naruto, Naruto Shippuden, One Piece, Yu-Gi-Oh!;
  • Yokiyoshi Ohashi: Berserk, Yu Yu Hakusho, Rurouni Kenshin: The Motion Picture, Transformers: Robots in Disguise;
  • Shoji Yonemura: Berserk, Death Note, Digimon Fusion, a nova série de Hunter X Hunter, Stitch!; 
  • Shinzo Fujita: Berserk, Duel Masters Cross, Monster Rancher, Shin Megami Tensei Devil Children; 
  • Akemi Omode: .hack//SIGN, Kyo Kara Maoh!, Meine Liebe, Mobile Sui Gundam Wing, Yu-Gi-Oh! Duel Monsters GX; 
  • Interessante observar como a maioria deles escreve outros desenhos que giram em torno de batalhas com monstros =P
  • Observaram que quando Ash pede que Daz solte seus amigos ele diz “Serena e os outros”? Hm #shippersgonnaship;
  • Eu gosto muito de como este episódio aborda a importância dos diferentes padrões de Vivillon no mercado. É engraçado porque esse episódio provavelmente foi escrito meses antes dos jogos serem lançados no mundo, e de fato as diferentes cores de  Vivillon tem muita importância no mercado de trocas de Pokémon. Basta ver como pessoas dão até lendários e outros Pokémon valiosos por Vivillon de padrões mais raros para completar a "Vivillon Dex". Também achei o fato de esse comércio ser feito via Internet ser uma referência a um sistema como o GTS no anime; 
  • Optei pelo nome Mercador ao invés da tradução literal Comprador Pokémon para Pokémon Buyer pelo simples motivo de o episódio dizer que Daz não apenas compra Pokémon raros, mas também os vende. Aliás, seu principal objetivo é mesmo vender esses Pokémon, então é uma coisa mais abrangente;
  • Aqui também tivemos a primeira vez em toda a série em que vimos um Pikachu evoluir para Raichu. As sequências de evolução de XY diferem-se sensivelmente das de Best Wishes!;
  • A VI Geração trouxe o diminuto número de 69 novos Pokémon (e mais uns bocadinhos). Ainda assim, a grande maioria deles já havia sido revelada oficialmente antes do lançamento dos jogos. O anime não parece estar muito a fim de ficar guardando Pokémon também, com os roteiristas revelando três novos Pokémon por episódio. No episódio anterior, foram três novos (Pancham, Pangoro e Pumpkaboo) e aqui mais três (Scatterbug, Spewpa e Vivillon); 
  • Saiu sinopse do primeiro filme de Pokémon XY. Pra quem não leu ainda, ela se refere aos eventos que ocorreram no passado na região de Kalos – narrados no jogo Pokémon Y – em que toda a vida da região foi extirpada por Yveltal, o Pokémon Destruição, num evento conhecido como “A Grande Destruição”. É também acrescentado que a única coisa que pode impedir Yveltal é Xerneas, o Pokémon Vida. Particularmente, eu não fiquei muito animado porque, bom, os jogos giram primariamente em torno disso e eu queria muito ver essa história sendo trabalhada – e melhorada – no anime. Além disso, não sou muito fã dos filmes de Pokémon e Hideki Sonoda, o roteirista dos filmes desde Pokémon 4 – Viajantes do Tempo, tem feito um trabalho pior que o usual nesses últimos quatro anos. Eu teria ficado mais feliz se eles tivessem feito como em Diamond & Pearl, em que o anime explorava a história dos jogos e os filmes usavam os lendários de uma forma diferente. O jeito é esperar, afinal ainda nem sabemos se a Equipe Flare e os lendários Xerneas e Yveltal serão incluídos no anime ou não;

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Sir Charithoughts: Pokémon XY 011

Aqui estou eu de volta com o que acredito ser o conteúdo favorito da galera da que visita meu blog? =P
De qualquer forma, depois do meu descanso nas festas natalinas, estou procurando investir ao máximo no blog enquanto ainda tenho um tempinho. Então trago um charithought novinho e estou atualizando os Guias de Batalhas de Ash para ficar conforme o final de Best Wishes! No começo da semana eu postei o Guia de Batalha de Ash com os Pokémon de Kalos, que ainda está bem pequenino, mas você pode acessar clicando aqui. Só depois de publicá-lo que eu lembrei que até hoje estou devendo os Guias de Batalhas de Íris e Cilan! Então eles são os próximos na lista. Se tiver mais alguém que vocês queiram ver o Guia de Batalhas aqui, deixe nos comentários.
Um grande abraço!

#XY011/#815Uma Perseguição no Bosque de Bambu! Pancham e Pangoro!!



Sabe quando você vai numa sorveteria self-service e você decide exagerar e começa a colocar vários sabores diferentes juntos, mas quando você vai tomá-lo, você percebe que não consegue saber onde acaba o chocolate e começa o de menta? Então, é basicamente isto que Atsuhiro Tomioka – sim, ele! Sim, meu predileto! Sim, o mestre dos roteiros amarrados! Ele! – fez com este seu quarto episódio em XY. Pessoalmente, eu estava ansioso por este episódio. Afinal de contas, ele tem Tomioka no roteiro – e ele raramente erra nessa parte –, prometia ter foco nos Pokémon (teve até Pikachu ganhando destaque na ceninha antes do título!) – eu adoro esses episódios em que Pikachu e cia se aventuram sem seus Treinadores – e ele ainda seria a estreia de Pancham e Pangoro, dois dos meus novos Pokémon favoritos, no anime. Entretanto, quando o “To be continued” apareceu na tela eu só conseguia pensar em como esse episódio não tinha sido bom como poderia ter sido e tudo culpa do Atsuhiro Tomioka!



O episódio em si mescla VÁRIAS ideias que a gente já viu em episódios anteriores – e a maioria delas mais de uma vez. Temos o Pokémon ursinho que se finge de fofo e engana a mocinha como em “Insuportável”, o Pokémon ursão violento como os milhares de Ursaring espalhados pelo mundo desde “Trabalhando em Equipe”, o grupo de iniciais se separando dos demais e tendo que encontrar seu caminho de volta como em “Pela Vereda Tropical”, Meowth se aliando com Pikachu pela milésima vez desde “Arranjando Encrenca” e até agindo como um Miaugociador, como aquele arco de episódios de Best Wishes!, a Equipe Rocket brigando por quem vai levar o crédito pela trilionésima vez desde... hm... sei lá desde quando! (não sou tão pokénerd assim T_T que farsante, eu sei!). Mas se nos episódios em que eles ocorreram (ao menos nesses que eu citei) esses momentos foram bem aproveitados, aqui temos apenas pedaços disso e daquilo e a coisa não flui bem como poderia.



No fim das contas, o episódio começa sobre “nossos heróis” estando almoçando juntos e felizes (vale notar que não há sinal da origem da comida. Não há nada que indique que alguém cozinhou a deliciosa macarronada que comiam, eles apenas comem. Será que compraram??? Será que foi uma máquina do Clemont??? Será que um dia será revelado de onde vem essa comida??? Mistério para os próximos XY). Mas então as situações mudam muito rápido e tem várias coisas acontecendo. O roteiro pula do almoço para um ataque dos Pancham e para um ataque da Equipe Rocket, e em seguida para Pokémon perdidos se reencontrando e juntando a Meowth, e em seguida tem Pangoro, mas ele perde sua folha de bambu e tudo muda de novo e... e... e... para as coisas se encaixarem, o roteiro utiliza-se de rápidos remendos para as desventuras dos heróis na floresta e fica um resultado bagunçado.



Porém, mesmo na bagunça, não dá pra negar que o episódio tem muuuuuitas qualidades! Os personagens continuam sendo o ponto forte da série e Tomioka os escreve muito bem. É ótimo ver Dedenne sendo realmente útil depois de tantos episódios agindo como mero mascote e a interação entre os Iniciais perdidos só erra em ter sido curta demais, porque era extremamente promissora. Além disso, é ótimo ver Fennekin tendo mais de sua personalidade mostrada já que ele (ou será que estamos tratando mesmo de uma potencial fêmea aqui?) ainda não teve um episódio focando em si desde sua estreia. Particularmente, adorei ver seu lado vaidoso e a sua reação de reprovação ao ver Meowth junto com os demais, e como ele parece estar cada vez mais parecido com Serena. É também ótimo ver Serena questionando as imagens mostradas na Pokédex e sugerindo um Chicote de Vinha (Vine Whip) para pegar a folha de bambu ao invés da escalada de Ash – que surpreendentemente falhou!!!!!



Há também uma surpreendente quantidade de informações da Pokédex sendo utilizada neste episódio! A habilidade de Dedenne de rastrear Pikachu através da eletricidade que compartilharam tem base no que diz a Pokédex de Pokémon X: “enviando e recebendo ondas elétricas, ele consegue se comunicar com outros por grandes distâncias”. Fennekin é visto comendo gravetos feliz, o que se refere à inscrição da Pokédex de Pokémon Y que diz que “À medida em que caminha, ele mastiga gravetos como se fossem um lanchinho”. Os próprios Pancham são apresentados com seu largo sorriso mencionado em Pokémon Y ao invés da cara bravinha tradicional e tanto a descrição dada a eles como a dada a Pangoro são compatíveis com o que é dito nos jogos. A única exceção seria Pumpkaboo. A Pokédex do anime diz que seus olhos reluzentes servem para guiar viajantes, o que é uma clara versão alternativa beeem menos, digamos, espiritual do que conta a Pokédex de Pokémon Y: “dizem que carrega espíritos errantes para o local ao qual pertencem para que eles possam fazer a passagem”.



Falando em Pumpkaboo, este episódio seria por muitos considerado um filler não fosse pela captura deste Pokémon por Jessie. Curiosamente, este acaba sendo o evento menos relevante na zona toda! E eu tenho vários problemas com isso. Eu entendo o paralelo que eles quiseram fazer aqui: James surpreendeu pegando Inkay fácil demais, agora foi a vez de Jessie. O lance é que não tivemos um episódio sequer de captura para Jessie e James durante toda a série Best Wishes! Eles tiveram quatro Pokémon que apareceram aleatoriamente demais, foram importantes de menos, e hoje ninguém lembra mais. Enquanto no caso de James, não ter um episódio de captura é tradição (iniciada por Victreebel, que surgiu DO NADA no centro de criação de Cassidy e Butch e só vimos como foi sua captura aaaaanos depois, num flashback!), para Jessie era exatamente o oposto, felizmente. Poxa quem não gosta da estreia de Lickitung? Ou até mesmo de como ela partiu pra briga corpo-a-corpo com Seviper antes de derrotá-lo? E aquela vez que ela foi muito má, chegou primeiro e pegou um Yanma que um garotinho já tentava capturar há tempos? Pumpkaboo, por outro lado, é pego muito aleatória e desnecessariamente – ainda mais considerando a inscrição dele na Pokédex e seria uma grande oportunidade para mais um ótimo episódio envolvendo espíritos!



Mas como há males que vem para o bem, ao menos a chegada de Pumpkaboo nos proporciona a primeira vez em toda a série que o golpe Semente Sanguessuga (Leech Seed) não afeta um Pokémon tipo Grama – observe que Chespin só fica preso, mas não tem sua energia sugada –, conforme os jogos, e a sequência de Ash correndo em direção a Pangoro tendo os Pokémon lhe dando cobertura sob comando/pedido de Pikachu é muito boa! Aliás, a animação deste episódio ficou excelente como um todo. No fim das contas, XY011 não é um episódio de todo ruim, com muitos momentos divertidos e benfeitos, mas que peca pelo roteiro sem foco.




Considerações finais: 
  •  Quando Serena sugeriu usarem o Chicote de Vinha confesso que fiquei meio confuso porque Chespin não havia usado esse golpe no episódio passado e por uns segundos eu juro que fiquei sem saber o que ia acontecer, mas o fato de que o Pokémon usou o golpe mostra duas coisas:
  • Que os Treinadores andaram fazendo coisinhas offscreen – o que sempre ocorre e não sou muito fã, mas acontece; 
  • Que Serena SABE um bocadinho sobre os Pokémon. Ao menos os Iniciais. Vale lembrar que ela não precisou ser apresentada a eles, mas já saiu de casa determinada a escolher Fennekin. Esta segunda teoria é a que eu prefiro, claro. Além do mais, se Serena tivesse estado junto do Ash em outros tantos momentos, quantas situações perigosas desnecessárias teriam sido evitadas com essas sugestões lindas??? 
  • Ao término deste episódio, tivemos uma graaaande prévia com várias cenas dos próximos episódios. E Viola vai voltar \\o// mais cedo do que eu esperava, mas isso não é uma reclamação <3. Mas o que eu mais curti mesmo nessa prévia foi ver que aparentemente Serena vai começar a agir mais como uma Treinadora de verdade na série, o que é excelente! Aliás, eu estou na torcida para ela pegar um Absol, como na sua contraparte dos jogos, mas para isso ocorrer ela precisa mesmo ficar mais pró-ativa porque Absol não é pra qualquer um afinal u.u Aparece um na prévia, o que poderia me animar logo, mas ainda acho cedo. Seria muito overpower ela ter um Absol por agora e prejudicaria o desenvolvimento de Fennekin, mas vamos aguardar né; 
  • Você vê que Ash e cia merecem ser chamados heróis quando no fim das contas eles são tapeados por dois Pancham encrenqueiros, tendo sua comida roubada por eles – e a de seus Pokémon também –, mas no fim assumem a culpa por terem arruinado a folha de bambu do Pangoro – que ia totalmente matá-los não fosse por Chespin e ainda terminam o episódio ajudando esses ursos encrenqueiros, e sem comer ainda! 
  • A audiência de Pokémon XY vem mostrando cada vez mais um público fiel. O episódio em que Clemont luta para reconquistar seu Ginásio obteve 5,5 de audiência, o que introduziu Chespin à equipe alcançou 5,1 e este episódio dos Pancham foi além – mostrando a estranha preferência dos japoneses pelos episódios menos relevantes da série –, conquistando 5,7 de audiência \\o//
  
  • Quem aí tem Netflix pode começar a comemorar! Segundo o site ANMTV, o serviço por streaming vai adicionar em breve Pokémon ao seu catálogo. Inicialmente, porém, somente a 14ª temporada, Pokémon: Branco e Preto, e os filmes Pokémon – O Filme: Preto – Victini e Reshiram e Pokémon – O Filme: Branco – Victini e Zekrom serão disponibilizados. Fica aqui minha esperança de um dia ver todas as 13 temporadas + Chronicles + especiais lá também pra ficar perfeito!
  • Para a galera que curte ficar shippando Ash e Serena eu tenho duas imagens pra vocês apenas:
  • Observe como Serena está ligada a Ash por uma linha rosa que diz "Amor?" e Ash está ligado a Serena com um grande "Amigos!" /friendzoned. Agora num esquema anterior feito aaaaaaanos atrás... 
  • Misty e Ash são ligados pela mesma seta que tem apenas uma interrogação. CANON! Só botando lenha na fogueira mesmo rs

    Imagens e gifs: tumblr