E estamos de volta ao nosso querido anime depois de nossa demorada passagem pelo filme de Mewtwo e seus derivados. É interessante ver o caminho que 14 anos depois o anime está seguindo hoje lembra bastante o seguido anos atrás. Afinal aqui estamos em 2013 com um novo filme estrelado por Mewtwo e mais uma pequena saga Pokémon num arquipélago! Na próxima, trarei o Guia de Batalhas da May (tirei a enquete porque estava dando problema, mas duvido que May perderia para seus rivais ou Iris e Cilan, então...).
Enfim, espero que curtem, deixem o seu comentário e ajudem a divulgar o blog!
ANIME
– A LIGA LARANJA
(Parte 1)
(Parte 1)
INTRODUÇÃO
O
grande sucesso de Pokémon foi algo bastante inesperado, mesmo
para a Game Freak e a Nintendo. Várias pessoas buscavam entender
como jogos e desenhos tão simples em termos de narrativa e visual
conseguiam atrair a atenção de tantas crianças e entre tantos
argumentos que enalteciam ou criticavam a franquia, uma coisa era
certa: Pokémon já havia deixado sua marca na história! E é
claro que todo esse alarde em cima da série só serviu para mover ainda mais o mercado de produtos relacionados à franquia, que
estampava todo tipo de produto lançado no Japão, incluindo mais
jogos, brinquedos, e novas séries em mangá. E para manter o mercado
em movimento, era necessário que novos episódios do anime fossem
produzidos, mas havia um pequeno problema. Segundo o animador Masaki
Iwake, a série havia sido originalmente planejada para durar um ano
e meio, o que daria aproximadamente uns 80 episódios (a saga da Liga Índigo
teve, de fato, 83 episódios). Mas então a Nintendo decidiu expandir
a franquia com novos jogos que continuariam a história original de
Pokémon Red & Green/Blue,
mas tais jogos ainda demorariam para ser lançados. O último
episódio da Liga Índigo foi exibido no Japão em 28 de janeiro de
1999 e os novos jogos chegariam às lojas apenas em 21 de novembro
daquele mesmo ano, então havia um espaço de dez meses de espera e o
anime não teria um intervalo até lá, o que forçaria os
roteiristas da série animada a desenvolverem alguma aventura com os
personagens que durasse até novembro, quando teriam os novos jogos
para trabalhar.
DUBLAGEM
A
Liga Laranja teve início na segunda metade da segunda temporada, que
já estava em fase de dublagem no Brasil nos estúdios da BKS, sob
direção de Patrícia Scalvi, responsável pelas primeiras mudanças
na dublagem do anime, como algumas trocas de vozes. Apesar de alguns
pequenos contras, quando a Liga Laranja estreou, o povo já estava
mais acostumado com o trabalho do estúdio e já podia aceitar as
diferenças mais facilmente. Com a chegada de um novo protagonista à
série, Tracey Sketchit, a BKS teve que escolher um novo dublador
para compor o elenco principal da série e então convidou Rogério
Vieira, um completo desconhecido até então, para cumprir esta
função. Felizmente, o dublador conseguiu fazer um ótimo trabalho com
Tracey – que era um personagem particularmente fácil de se dublar.
No final das contas, apesar de sua má fama nos bastidores da
dublagem brasileira, a BKS realizou um trabalho quase que no mesmo
nível do da Master Sound, garantindo mais uma temporada de dublagem
de boa qualidade. Entretanto, se a BKS já não era popular entre os
dubladores no Brasil, ela conseguiu a má fama também entre os
telespectadores ao dublar Sailor Moon R,
realizando um trabalho extremamente inferior ao da série original em 1996, com
mudanças em TODO
o elenco de dublagem, péssima tradução e uma música de abertura
muito mal feita, gerando uma das maiores polêmicas da dublagem brasileira
até hoje! Com isso, a Swen decidiu levar a terceira
temporada de Pokémon para outro estúdio que
começava a ascender no Brasil na época: a Parisi Vídeo, também de
São Paulo. Dando os seus primeiros passos no mercado, a Parisi tinha o que a Swen mais valorizava num estúdio: preço baixo.
Felizmente,
sob a direção de José Parisi Jr., a equipe da Parisi Vídeo
demonstrou interesse em agradar o seu público-alvo, utilizando da
mídia para conquistar a simpatia dos fãs, já prometendo logo de
cara convocar todo o elenco original de dublagem da série – que
pouco antes da estreia da terceira temporada da série já havia se
deparado com mais trocas de dubladores no segundo filme
da franquia, Pokémon – O Filme 2000. E, de fato, eles
cumpriram a promessa! Armando Tiraboschi e Fábio Moura que
se ausentaram na segunda temporada retornaram para seus respectivos
papéis como Meowth e o narrador e Rogério Vieira também retornou de
uma viagem só para dublar as últimas participações como Tracey como membro regular do anime. Apesar de ter mantido o elenco de
dublagem, a Parisi aparentemente não trouxe de volta o tradutor que supostamente
havia trabalhado na série nas temporadas anteriores, iniciando uma
nova bagunça na tradução da série.
Assim,
nomes de ataques bem estabelecidos na segunda temporada como Folha
(de) Gilete e Arma de Água foram mudados novamente para Folha
Navalha e Jato de Água ou Canhão de Água. Hyper Beam
foi chamado de Super Raio em um episódio e em alguns momentos,
termos em inglês comumente
traduzidos na dublagem da série foram deixados no original em
algumas cenas, podendo-se ouvir Team Rocket,
Gary Oak e Pokédex
nos episódios finais da saga da Liga Laranja em
vez de Equipe Rocket, Gary
Carvalho e Pokéagenda, respectivamente. Outro problema do estúdio
foi a pronúncia dos nomes dos Pokémon. Se na Master Sound e na BKS,
havia-se uma preocupação de manter a pronúncia americana com um
aportuguesamento, José Parisi Jr. não parecia muito preocupado com
isso, resultando em muitos Pokémon serem chamados exatamente como se escrevia o nome
– como Vileplume, por exemplo, que em vez “vaioplum” eles diziam "vileplume" mesmo. Tanto na BKS quanto na Parisi Vídeo, a tradição
de se traduzir o máximo de termos próprios da série o possível –
à exceção de nomes de Pokémon – foi mantida e termos
específicos do anime foram mantidos da passagem da BKS para a
Parisi, como Liga Laranja (Orange League), Equipe Laranja (Orange
Crew), Ilhas Laranja (Orange Islands) e GS Ball (Bola GS). Uma coisa
interessante é que, mesmo que em estúdios diferentes, todos os
membros masculinos da Equipe Laranja foram dublados pela mesma pessoa
no Brasil: Silvio Giraldi. Veja a lista do elenco de dublagem da Liga
Laranja:
Personagem(ns)
– Dublador(es) na saga da Liga Laranja:
Ash – Fábio Lucindo
Misty – Márcia Regina
Tracey Sketchit – Rogério Vieira
Brock – Alfredo Rollo
Professor Carvalho e Pokéagenda – Wellington Lima
Sr.ª Ketchum – Vanessa Alves
Jessie – Isabel de Sá
James – Márcio Araújo
Gary – Rodrigo Andreatto
Enfermeira Joy, Profª. Ivy e Prima (Lorelei dos jogos) – Fátima Noya
Ash – Fábio Lucindo
Misty – Márcia Regina
Tracey Sketchit – Rogério Vieira
Brock – Alfredo Rollo
Professor Carvalho e Pokéagenda – Wellington Lima
Sr.ª Ketchum – Vanessa Alves
Jessie – Isabel de Sá
James – Márcio Araújo
Gary – Rodrigo Andreatto
Enfermeira Joy, Profª. Ivy e Prima (Lorelei dos jogos) – Fátima Noya
Guarda Jenny – Raquel Marinho
Narrador
– Marcelo Pissardini (BKS) e Fábio Moura (Parisi
Vídeo)
Cassidy
– Sandra Azevedo
Butch
– Tatá Guarnieri
Cissy
– Denise Reis
Danny,
Rudy e Drake – Silvio Giraldi
Luana
– Adna Cruz
Giovanni
– Affonso Amajones e Luiz Antônio Lobue (no episódio
“Susto no Ar” apenas)
Pokémon
– Dublador(es) na versão brasileira saga das Ilhas
Laranja:
Pikachu de Ash – Ikue Ohtani
Pikachu de Ash – Ikue Ohtani
Meowth
da Equipe Rocket – Marcelo Pissardini (BKS) e Armando
Tiraboschi (Parisi Vídeo)
Chansey
das Enfermeiras Joy, Goldeen e Poliwag de Misty, Vulpix de Brock,
Jigglypuff, Venonat de Tracey, Jynx de Lorelei, Ditto de Drake –
Rachael Lillis
Geodude
de Brock, Psyduck de Misty, Muk e Snorlax
de Ash, Geodude de Danny, Cloyster de Lorelei – Michael
Haigney
Onix
de Brock, Kingler de Ash, Onix de Drake – Unsho Ishizuka
Zubat
de Brock, Staryu de Misty, Charizard de Ash – Shin’ichiro Miki
Bulbasaur
de Ash – Tara Jayne
Squirtle
de Ash, Weezing de James, Lickitung de Jessie, Blastoise de Cissy,
Drowzee de Cassidy, Machoke, Scyther e Electrode de Danny, Slowbro e
Dewgong de Lorelei, Scyther de Tracey, Marowak de Luana, Venusaur de
Drake – Eric Stuart
Persian
de Giovanni – Rica Matsumoto
Arbok
de Jessie, Electabuzz de Drake – Koichi Sakaguchi
Tauros
de Ash, Dragonite de Drake – Katsuyuki Konishi
Togepi
de Misty – Satomi Korogi
Victreebel
de James – Yuji Ueda (até o episódio “Fome de Snorlax!”)
e Rikako Aikawa (a partir do episódio “Fantasmas
Camaradas”)
Lapras
de Ash, Seadra de Cissy – Rikako Aikawa
Mr.
Mime da Sra. Ketchum, Marill de Tracey – Kayzie Rogers
Alakazam
de Luana, Electabuzz de Drake – Maddie Blaustein
Gengar
de Drake – Ted Lewis
Eevee
de Gary – Mika Kanai
Vale
comentar também a sequência “Quem é esse Pokémon?” porque
apesar de existir desde a primeira temporada, a Parisi Vídeo foi o
primeiro estúdio a manter as vozes dos Pokémon originais após a
resposta ser dada. Na Master Sound, o som dos Pokémon foi omitido e
na BKS, a grande maioria dos sons foi refeita por alguém dentro do
próprio estúdio. Outra coisa notável é que enquanto na Master
Sound e na BKS, fazia-se um esforço maior para colocar dubladores
diferentes daqueles do elenco da série para perguntar “Quem é
esse Pokémon?”, na Parisi Vídeo Fábio Lucindo, Márcia Regina e
os demais foram usados. Durante os 35 episódios da fase da Liga
Laranja, o tema de abertura foi “Mundo Pokémon” (Pokémon
World), substituindo o “Tema Pokémon”. A abertura japonesa foi
“Rival!”, da qual muitas cenas foram tiradas para compor a
abertura ocidental – assim como o episódio “A Revolta do
Pikachu”. Entretanto, houve duas versões diferentes de “Mundo
Pokémon” no ocidente. Uma para a segunda temporada com a abertura
completa, cantada no Brasil por Nil Bernardes, e outra na terceira
temporada, também cantada por Nil, mas mais curta e com um arranjo
diferente. Tanto na BKS quanto na Parisi, ambas as versões ficaram
muito bem-feitas.
Sobre
os encerramentos, a 4Kids ainda utilizava uma versão reduzida da
abertura com créditos finais, mas para a segunda temporada, ela
substituiu o PokéRap pelo Jukebox
do Pikachu. Tal segmento consiste de diferentes clipes
musicais (compostos com cenas aleatórias de episódios da série
mais algumas cenas retiradas dos encerramentos e aberturas
japonesas), que serviam para promover o CD Pokémon – 2B A
Master, lançado no Brasil como Pokémon –
Para Ser Um Mestre.
A questão é que enquanto nos Estados Unidos, as músicas do Jukebox
eram as mesmas do CD, no Brasil a coisa era um pouco diferente: as
músicas que rodavam após o encerramento do anime foram gravadas no
próprio estúdio da BKS, cantadas por Nil Bernardes, Soraya, Nizia e
Marion Camargo. O CD, por outro lado, foi lançado por aqui pela
Abril Music, que regravou todas as músicas num estúdio mais
adequado, mas procurando usar os mesmos cantores do anime. Porém
algumas acabaram existindo duas versões de cada música, com diferenças na letra,
por exemplo. Algumas músicas também foram tocadas e dubladas dentro
de episódios da série. No Japão, foram usados como encerramentos
da saga das Ilhas Laranja: “Type: Wild” (Tipo: Selvagem) e
“Laplace ni Notte” (Navegando no Lapras).
Nenhum comentário:
Postar um comentário