Olha só quem está surpreendentemente eficiente esta semana! Outro chartithought pra vocês em menos de uma semana!
Dando continuidade à matéria iniciada anteriormente, trago a segunda parte da análise do especial Pokémon - A Origem. Ainda não decidi quantas partes escreverei no final, pode ser mais uma ou mais duas. O lance é que como eu volto a trabalhar sábado agora, as coisas devem ficar mais difíceis nas próximas semanas, então aproveitem bem este bônus =D
Se você não leu a Parte 1 ainda, clique aqui.
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Pokémon
– A Origem
Parte 2 de ???
Salvamento
2: Cubone
Minha reação não foi outra senão alegria quando os títulos dos salvamentos de Pokémon – A Origem foram divulgados e “Cubone” estava entre eles, indicando que essa história finalmente ganharia uma adaptação animada. E, de fato, o especial já começa muito bem! Eu gosto muito como Red faz uma retrospectiva de sua jornada, nos contando todos os importantes acontecimentos que separam sua jornada de Pewter até aqui – e dá-lhe mais nostalgia com momentos como o vendedor de Magikarp, a batalha contra o cientista no Mt. Moon para se obter um fóssil, o desafio à Misty (a do anime tradicional é tão mais linda!!!) e a dificuldade que é derrotá-la quando se começa com um Charmander, entre outras coisas.
Com a chegada a Lavender Town, é ótimo ouvir a sinistra trilha sonora da cidadezinha tocando pela primeira vez, assim como a conversa com o casal que termina de forma macabra numa bela referência a um NPC dos jogos originais (e fica muito mais sinistra quando você vê que HAVIA SIM UMA MÃO TOCANDO O OMBRO DO RED SOCORROARCEUS). Também fiquei feliz de finalmente ver o Mr. Fuji sendo explorado de forma decente já que o máximo que tivemos dele na série original foi uma participação como Dr. Fuji em Pokémon – O Filme.
Entretanto, uma coisa que me incomodou muito neste salvamento foi o roteiro e justamente por se distanciar dos jogos. Veja bem, nos jogos o Team Rocket sobe a Pokémon Tower para roubar crânios dos Cubone (e Marowak?) que vivem lá para vender por uma fortuna no mercado negro – que nem os membros da ressurgência farão três anos depois com as caudas de Slowpoke em Pokémon Gold & Silver. Sim, nos jogos Cubone selvagens vivem na Pokémon Tower – talvez devido à forte conexão com morte tão mencionada nas inscrições da Pokédex envolvendo este Pokémon (segundo uma fala do rival nos jogos, Marowak também deviam existir na torre, mas ele diz que duvida “que tenha sobrado algum”) – junto dos Ghost-type Gastly e Haunter. Durante o ataque, uma Marowak enfrentou o Team Rocket para proteger seu filhote. A criança escapou, mas a mãe acabou assassinada. Desde então, seu espírito passou a assombrar o local, impedindo que as pessoas tivessem acesso ao último andar, onde os Rockets estavam alojados.
No especial, o ataque do Team Rocket é feito numa área selvagem. O filhote é salvo pelo Mr. Fuji e levado para a Lavender Volunteer Pokémon House. O grande problema aqui é que como a mãe foi morta numa área selvagem, por que raios o espírito dela vai assombrar a Pokémon Tower? O especial deixa claro que a função dela na torre era a mesma dos jogos: evitar que as pessoas chegassem ao último andar, onde o perigoso Team Rocket estava. Mas então se eles estavam na selva e só depois se alojaram na torre, ela não poderia tê-los assombrado para que eles nunca entrassem nela??? Ou, se o espírito dela pôde se deslocar da campina para a torre, por que ela não foi encontrar seu filhote, que é o que lhe traria paz afinal (no especial)??? E por que ela não assustou o Team Rocket??? O especial deixa claro que eles nem tinham visto a assombração na torre, só ouvido histórias a respeito, apesar de eles estarem em posse do Silph Scope (como prevenção?) e estarem usando o local como base.
Inconsistências a parte, o salvamento ainda tem seus momentos brilhantes. Todo o flashback de Cubone é muito bem realizado: desde o momento em que Cubone é encurralado pelos Rocket grunts até o momento em que ele finalmente percebe que sua mãe foi brutalmente assassinada, tudo é animado de forma a tornar a cena bem impactante. É possível sentir desprezo e ódio pelo Team Rocket de uma forma nunca possível antes. Em particular, o trabalho da dublagem japonesa também é ótimo, com os sons agoniados do pequeno Cubone assustado até o grito final da mãe Marowak. Eu também gosto como o especial dá um final mais digno à mãe Marowak, dando-lhe paz ao ser reunida outra vez com o pequeno filhote que ela por quem ela se sacrificou, em vez de ser derrotada por um Treinador aleatório. O momento que o filhote sai correndo da Pokémon Tower para encontrar sua mãe após sentir sua presença é muito bonita e o reencontro dos dois emocionante.
Se o Fuji encontrou o cubone, ele não poderia tb ter encontrado o corpo (ou restos) da mãe marowak e dado um enterro decente na torre?
ResponderExcluirApesar de ser só um fancomic, "Along with the bone, along with the Mother" ainda é a melhor história já feita com a mãe marowak (me mandaram essa no dia das mães):
http://www.pixiv.net/member_illust.php?mode=manga&illust_id=38780662
Eu também pensei nisso, Hayate. Mas o lance é que eles não deixam isso claro no especial. Pelo que dão a entender ele pega somente o filhote. E mesmo que suponhamos que ele deu um enterro digno à mãe, quanto tempo levou para o espírito dela deixar o corpo então desde a morte?
ResponderExcluirAliás, adorei o fancomic!
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