Os Jogos Pokémon: A Trajetória de um Fenômeno Mundial - Parte 2
Depois de gozar de muitos anos de sucesso e causar uma febre insana que pegou crianças (e não só elas, é claro) nos quatro cantos do mundo, Pokémon viu sua popularidade começar a despencar muito repentinamente. A audiência do anime estava em queda no Japão e nos EUA, os filmes para cinema não conseguiam repetir tampouco superar o sucesso do primeiro, com Pokémon 3 tendo um desempenho tão decepcionante que a Warner Bros decidiu não distribuir mais nenhum filme da série. Pokémon Crystal e Pokémon Stadium 2 também foram relativamente mal nas vendas e o interesse das outras empresas em vender produtos relacionados aos monstros de bolso também diminuía exponencialmente. A The Pokémon Company decidiu que era hora de unificar toda a marca dentro dos EUA também e repensar estratégias de mercado e licenciamento: nasceu a Pokémon USA, Inc.
Em 2001, o único novo título envolvendo os monstros de bolso a receber um lançamento internacional foi Super Smash Bros. Melee - lançado em novembro no Japão e em dezembro nos EUA. Desta vez, Pichu e Mewtwo se juntaram a Pikachu e Jigglypuff na sequência desenvolvida pela HAL Laboratory. Além dos quatro Pokémon escolhidos para confrontar outros grandes nomes das franquias da Nintendo, muitos outros também apareciam, fossem como troféus a serem conquistados ou saindo das Pokébolas para agitar as batalhas. 2002 seguiu ainda mais parado que seu antecessor, com toda a expectativa girando em torno da vinda da III Geração, que a Game Freak preparava e marcaria a estreia de Pikachu e cia no Game Boy Advance, o mais novo portátil da Nintendo na época.
Porém, inicialmente, nada disso foi muito apreciado. Para os jogadores de longa data, os novos jogos foram frustrantes. Algumas novidades simples de GSC, mas que indicavam evolução em aspectos técnicos, como a passagem de tempo de dia e noite e os sprites animados dos Pokémon, não retornaram. Ainda mais grave: pela primeira vez não dava pra transferir seus Pokémon das versões anteriores para as novas - por causa justamente das mudanças drásticas impostas por Ruby & Sapphire -, o que significava que muitos Treinadores teriam que começar do zero. E pra piorar, nem todos os Pokémon podiam ser capturados nos jogos novos, o que apenas serviu para fazer crescer a lista de reclamações. Ainda assim, Pokémon Ruby & Sapphire gozaram de bastante sucesso, inclusive no mercado americano, onde aportaram em março de 2003. Juntos, Ruby & Sapphire conseguiram vender mais de 16,22 milhões de cópias. Apesar ainda estar muito abaixo dos 23 milhões de Gold & Silver e mais ainda dos quase 32 milhões de Red & Blue, eles se tornaram os jogos mais vendidos para o Game Boy Advance!
Seguindo o lançamento da III Geração, 2003 viu surgir outros títulos relacionados. Desenvolvido pela The Pokémon Company, Pokémon Box: Ruby & Sapphire chegou ao mercado japonês em maio do mesmo ano, marcando a estreia da franquia no Nintendo GameCube. Porém, ainda não se tratava do sonhado novo título em 3D da série, mas de um serviço de depósito. Como o novo sistema estratégico para vencer batalhas envolvia muitos cruzamentos em busca de filhotes cada vez mais fortes, preencher caixas e mais caixas de Pokémon no PC em Pokémon Ruby & Sapphire tornou-se um hábito para aqueles que queriam ser os melhores. Com Pokémon Box, os Treinadores podiam armazenar até 1500 Pokémon facilmente, sem precisar ficar liberando um a um. O serviço também foi compatível com os demais RPGs da série da III Geração, provando ser muito útil com o passar do tempo, mas só chegou ao mercado americano mais de um ano depois, em julho de 2004. Desenvolvido pela Jupiter Corporation, Pokémon Pinball: Ruby & Sapphire chegou ao Game Boy Advance em agosto de 2003 no Japão e nos EUA, se tornando o primeiro spin-off da III Geração. Com gráficos lindos e jogabilidade divertida, o jogo vendeu pouco mais de 1,37 milhão de cópias.
Tomando consciência de que a nostalgia era um ponto fraco dos fãs, a Game Freak decidiu lançar um remake dos jogos originais para o Game Boy Advance: Pokémon FireRed & LeafGreen Versions! Chegando já em janeiro de 2004 ao mercado japonês, os remakes não apenas traziam os Red & Green originais com as atualizações implementadas por Ruby & Sapphire como também incluíam áreas completamente novas para exploração e traziam de bônus o Wireless Adapter, que permitia que os jogadores realizassem trocas e batalhas totalmente sem fios pela primeira vez (embora estabilidade não fosse bem seu forte)! Além disso, os jogos também permitiram que muitos dos Pokémon ainda não disponíveis em Ruby & Sapphire e Colosseum pudessem finalmente ser capturados. Os remakes chegaram aos EUA em setembro do mesmo ano, somando um total de mais de 12 milhões de unidades vendidas. E não acabou por aí!
No mesmo ano, a Game Freak atacou de novo com Pokémon Emerald Version, o terceiro RPG da série situado em Hoenn! Desta vez, com Shikegi Morimoto assumindo a direção e Junichi Masuda sendo creditado como diretor de mundo, o jogo uniu as tramas de Ruby & Sapphire de forma coesa e apresentou a primeiríssima sequência animada épica da série, além de trazer de volta os sprites animados, ser compatível com o Wireless Adapter e introduzir a incrível Battle Frontier, que garantiu muitas horas extras de jogos para os Treinadores. Chegando ao mercado americano somente em maio de 2005, Pokémon Emerald somou 6,32 milhões de vendas mundialmente, valor bem próximo do de Pokémon Crystal. Tanto os valores de FireRed & LeafGreen quanto o de Emerald provaram que, apesar de a franquia não gozar mais da popularidade de antes, ela havia encontrado um campo estável muito bom de vendas.
Uma fase de transição
Em 2004, a Nintendo também apresentou ao mundo seu mais novo portátil e sucessor da família Game Boy: o Nintendo DS. Portando duas telas, uma delas sendo sensível ao toque, o novo aparelho chegou de forma promissora e um novo jogo Pokémon foi lançado como um dos primeiros títulos do videogame: Pokémon Dash. Desenvolvido pela Ambrella, tratava-se simplesmente de um jogo de corrida muitíssimo limitado na qual o jogador controlava Pikachu. O jogo chegou às Américas em março de 2005 e vendeu mais de 109 mil cópias.
Apesar de todos os jogos principais da III Geração já terem sido lançados, 2005 foi ainda um ano bastante produtivo com boas surpresas para os fãs da franquia. Em agosto, a Genius Sonority presenteou os jogadores com Pokémon XD: Gale of Darkness, também para o Nintendo GameCube. A sequência de Pokémon Colosseum levava os jogadores de volta para a região de Orre para mais uma aventura de purificação de Pokémon. O jogo trouxe diversas melhorias em relação ao antecessor, incluindo a conectividade com o Wireless Adapter. Pokémon XD foi lançado nos EUA em outubro do mesmo ano. Ao todo, estima-se que mais de 1,37 milhão de cópias tenham sido vendidas ao redor do mundo. Em outubro, um novo lançamento chegou ao Nintendo DS: Pokémon Trozei!, o mais novo puzzle dos monstros de bolso, também desenvolvido pela Genius Sonority. Pokémon Trozei! chegou ao mercado americano apenas em março de 2006.
Outra grande novidade de 2005 foi o lançamento de uma nova bem-sucedida série de spin-offs: Pokémon Mystery Dungeon. Unindo Pokémon com a jogabilidade da série Mystery Dungeon, bastante popular no Japão, os novos jogos colocavam o jogador na pele de um Pokémon que precisava passar por dungeons desafiadoras para completar certas missões. Foram desenvolvidas duas versões de Pokémon Mystery Dungeon pela Chunsoft: Red Rescue Team para o Game Boy Advance e Blue Rescue Team para o Nintendo DS. A versão para DS fazia uso do sistema wireless do aparelho para permitir a interação entre os jogadores, ao passo que a de GBA ainda exigia o uso do famigerado cabo link. Ambas as versões chegaram em novembro de 2005 ao mercado japonês e somente em setembro de 2006 no americano. Pokémon Mystery Dungeon: Red Rescue Team vendeu um total de mais de 2,36 milhões de unidade, enquanto Blue Rescue Team vendeu mais de 3,49 milhões de cópias. O fato de versão de DS vendera mais que a de GBA era um indicativo que a franquia estava pronta para se mudar de vez para o portátil de duas telas.
A III Geração foi então encerrada com uma colaboração da HAL Laboratory - que não desenvolvia jogos da franquia desde Pokémon Stadium 2 - com a Creatures, Inc. para o Nintendo DS: Pokémon Ranger. Fazendo uso extensivo da tela de toque do DS, Pokémon Ranger colocava o jogador no papel de um Patrulheiro Pokémon que precisava capturar Pokémon riscando sua caneta stylus diversas vezes na tela para resolver problemas e garantir a segurança da natureza, dos Pokémon e das pessoas de Fiore. O jogo foi lançado no Japão em março de 2006, chegando aos EUA em outubro do mesmo ano. Ao todo, Pokémon Ranger conseguiu vender mais de 2,93 milhões de unidade.
Com licença, qual é a senha do Wi-Fi?
Depois de muita espera, foi finalmente em setembro de 2006 que o próximo passo na franquia foi dado com Pokémon Diamond & Pearl Versions. Novamente contando com direção de Junichi Masuda, direção de arte de Ken Sugimori e direção de batalha de Shigeki Morimoto, os jogos fizeram uso dos gráficos do DS para explorar um mundo visualmente ainda mais bonito e tridimensional, exploraram os mitos da origem do mundo Pokémon e apresentaram diversas melhorias: os Contests introduzidos em Ruby & Sappphire ficaram mais interativos com as funcionalidades da tela de toque, que também tornou a jogabilidade mais fluida e era essencial na exploração dos subterrâneos da região de Sinnoh, assim como na hora de preparar Poffins. No campo das batalhas, os golpes dos Pokémon receberam uma reclassificação em físico, especial e de efeito, que deu uma sacudida nas estratégias dos Treinadores. Diversos Pokémon antigos ganharam novas evoluções e pré-evoluções e a transição de dia e noite, ausente durante a III Geração, fez um retorno triunfal.
Todavia, o jogo foi duramente criticado por não ter muitas das funcionalidades de seus antecessores, como o modo RPG de Colosseum e os divertidos mini-games de Stadium. Diamond & Pearl chegou ao mercado americano somente em abril de 2007, sendo seguido por Battle Revolution meses depois, em junho. Ao todo, Diamond & Pearl foi um grande sucesso, vendendo um total de 17,63 milhões de cópias (contra os 16,22 mi. de Ruby & Sapphire), ao passo que Battle Revolution conseguiu vender um total modesto de 1,95 milhão, mesmo a base de usuários do Wii sendo muito maior que a do Nintendo 64 e do GameCube. Pokémon Diamond & Pearl ocupam a quinta posição no ranking dos dez jogos mais vendidos para Nintendo DS.
Depois de dois anos agitados, 2007 viu um novo período de calmaria que só foi quebrado em setembro pelo retorno ao universo de Pokémon Mystery Dungeon. Novamente desenvolvidos pela Chunsoft, os jogos Pokémon Mystery Dungeon: Explorers of Darkness & Explorers of Time, desta vez ambos para o Nintendo DS, traziam a nova leva de Pokémon introduzidos pela IV Geração e colocava o jogador na pele de um Pokémon explorador desbravador de dungeons. Os jogos conseguiram melhorar aquilo que havia sido realizado em seus antecessores, inclusive permitindo conetividade via Wi-Fi, além da conexão wireless. O final de 2007 também marcou a primeira interação de Junichi Masuda com os fãs da franquia, quando ele revelou o famoso "Masuda method" em sua página no blog da Game Freak, sendo esta a primeira de muitas revelações que o diretor dos jogos da franquia passaria a fazer diretamente aos fãs e jogadores.
Abrindo 2008, a Hal Laboratory trouxe mais um título da série Smash Bros.: Super Smash Bros. Brawl, desta vez para o Nintendo Wii! Saem Mewtwo e Pichu e entram Lucario e Pokémon Trainer (que lutava alternando entre Squirtle, Ivysaur e Charizard), atuando ao lado dos eternos Pikachu e Jigglypuff, além de mais arenas inspiradas nos jogos da franquia e mais Pokémon nas Pokébolas e como troféus. A seguir, em março, também para o Wii, foi lançado My Pokémon Ranch, desenvolvido pela Ambrella. Assim como Pokémon Box, não se trata tanto de um jogo, mas de um acessório que permitia aos jogadores depositar seus muitos Pokémon capturados em Diamond & Pearl (até 1000), mas diferente de Box, My Pokémon Ranch também permitia que os jogadores interagissem com seus Pokémon, até tirando fotos. O aplicativo também foi o primeiro título exclusivo WiiWare, o que significava que só podia ser obtido online no canal Wii Shop, sendo disponibilizado em solo americano em novembro de 2008.
Março também trouxe o lançamento de outro título da série Pokémon Ranger: Pokémon Ranger: Shadows of Almia. Desenvolvido pela Creatures, Inc. o jogo expandiu o que havia sido feito no antecessor, com o grande destaque sendo as missões extras disponibilizadas gratuitamente via Nintendo Wi-Fi Connection. O lançamento americano ocorreu em novembro e o jogo vendeu mais de 2,35 milhões de cópias. Finalmente, em setembro, chegou às lojas japonesas o muito aguardado Pokémon Platinum Version, a versão aprimorada de Diamond & Pearl! Entre aprimoramentos técnicos, o jogo marcou pela apresentação do Distortion World, uma área inédita que apresentava o trabalho mais ousado da Game Freak até então com mundo tridimensional. O jogo também incluiu várias pequenas melhorias na narrativa, apresentando os personagens Looker e Charon e inserindo Giratina para aprofundar a mitologia de Sinnoh, e apresentou sua própria versão da Battle Frontier. Lançado nos EUA em março de 2009, o jogo somou mais de 7,60 milhões de cópias em todo o mundo, superando os números de Crystal e Emerald.
Em 2009, a Nintendo começou o ano com o pé direito lançando Pokémon Mystery Dungeon: Explorers of Sky em abril no Japão para o Nintendo DS. Desenvolvido pela Chunsoft, tratava-se de uma digníssima terceira versão de Mystery Dungeon Explorers. Reconhecendo sua narrativa e seus personagens carismáticos como alguns dos seus pontos mais fortes, a grande novidade de Explorers of Sky foram os cinco episódios especiais jogáveis, nos quais o jogador assumia o papel de outros personagens da história, como Wigglytuff, Bidoof e Grovyle, para desvendar seus passados e navegar por suas histórias pessoais. Explorers of Sky chegou às Américas em outubro do mesmo ano e vendeu mais de 1,49 milhão de unidades. E a Chunsoft não parou por aí!
Pokémon Mystery Dungeon também chegou ao catálogo do WiiWare com três títulos distintos (Keep Going! Blazing Adventure Squad, Let's Go! Stormy Adventure Squad e Go For It! Light Adventure Squad). Diferente das versões portáteis, eles não possuíam muita narrativa, sendo mais focados em realizar as missões e traziam elementos inéditos, como a possibilidade de Pokémon formarem uma torre com os membros subindo um sobre o outro e até permitindo que os monstros evoluíssem dentro das dungeons. Nenhuma das três versões foi lançada fora do Japão. A franquia ainda ganhou um outro jogo de WiiWare: Pokémon Rumble! Desenvolvido pela Ambrella, o jogo permitia que o jogador controlasse diferentes Pokémon de dar corda que ganhavam vida através de diversas fases que eram cheias de monstros selvagens, incluindo chefões, para batalhar e/ou recrutar. O lançamento americano ocorreu em novembro do mesmo ano.
Quando a Game Freak decidiu lançar Pokémon FireRed & LeafGreen, ela tinha na realidade aberto uma verdadeira caixa de pandora e deixou os jogadores querendo mais novas versões de seus jogos antigos favoritos. Assim, em setembro de 2009, chegou ao Japão Pokémon HeartGold & SoulSilver Versions, os remakes dos clássicos Gold & Silver, desta vez com Shigeki Morimoto de volta ao posto de diretor, enquanto Takao Unno, designer na franquia desde Ruby & Sapphire, assumiu a função de diretor de arte. Lançados para o Nintendo DS como os últimos games principais da IV Geração, eles trouxeram todas as inovações técnicas de Diamond, Pearl e Platinum, tornando as regiões de Johto e, por extensão, Kanto - ainda mais lindas e próximas do seu conceito original, além de incorporar os elementos narrativos de Crystal. Algumas das grandes novidades foi a possibilidade de ter qualquer um dos 493 Pokémon seguindo o Treinador fora da Pokébola e as competições do Pokéathlon, que colocava os monstros de bolso em divertidas maratonas. O jogo também abriu espaço para nostalgia ao disponibilizar um item que permitia ouvir as músicas dos Gold & Silver clássicos.
HeartGold & SoulSilver também vinham acompanhados do Pokéwalker. Usando tecnologia infravermelha, era possível transferir um Pokémon para dentro do aparelho que funcionava como um pedômetro. O número de passos dados pelo usuário gerava pontos que podiam ser usados para capturar Pokémon ou encontrar itens no próprio Pokéwalker e transferi-los para suas cópias de HeartGold & SoulSilver. O lançamento em continente americano ocorreu em março de 2010 e o jogo marcou história também no Brasil! Desde os lançamentos de Red & Blue, a Nintendo e a The Pokémon Company realizavam eventos de distribuição de Pokémon raros ou míticos ao redor do mundo, em especial no Japão e nos EUA e em algumas partes da Europa, mas esses eventos muito raramente chegavam ao Brasil. Tampouco esses Pokémon. Porém, um Celebi recebeu distribuição local em diversas partes do mundo em 2011 e, miraculosamente, o Brasil acabou incluso na lista, ainda que muitíssimo restrito a três locais apenas, em Rio de Janeiro e São Paulo. Ainda assim, um marco na passagem de Pokémon por aqui. O Celebi era particularmente importante para destravar eventos não apenas dentro dos remakes como também nos vindouros jogos da V Geração. Ao todo, Pokémon HeartGold & SoulSilver Versions venderam juntos um total de 12,72 milhões de unidades, superando o sucesso de FireRed & LeafGreen e ocupando a sétima posição entre os dez jogos mais vendidos para Nintendo DS.
O ano de 2009 havia sido definitivamente um bastante produtivo e também foi o momento ideal para a Pokémon USA, Inc. se fundir à Pokémon UK para fazer surgir a The Pokémon Company International, que passou a administrar toda a franquia fora do Japão. Para encerrar o movimentado ano de 2009, o Nintendo Wii recebeu ainda PokéPark Wii: Pikachu's Adventure. O jogo de ação e aventura desenvolvido pela Creatures, Inc. chegou ao Japão em dezembro de 2009 e colocou o jogador mais uma vez no controle de Pikachu para jogar diversos mini-games, interagir com outros Pokémon e até tirar fotos! Foi lançado em solo americano em novembro de 2010 e vendeu pouco mais de 1,25 milhão de cópias. O último lançamento da IV Geração foi mais um jogo da série Pokémon Ranger - e o último até o momento. Desenvolvido novamente pela Creatures, Inc. - desta vez sem a colaboração da HAL Laboratory - Pokémon Ranger: Guardian Signs chegou para o Nintendo DS em março de 2010 no Japão.
O jogo apresentava o carismático Ukulele Pichu e permitia invocar Pokémon lendários, com os novos Ranger Signs, e o Patrulheiro ainda podia sobrevoar os céus da região de Oblivia e capturar outros Pokémon voadores, usando um Staraptor ou os lendários Latios e Latias. Assim como nos antecessores, missões especiais recebidas via Nintendo Wi-Fi Connection concediam ao jogador a chance de pegar alguns Pokémon lendários e transferi-los para os RPGs da IV Geração. Pokémon Ranger: Guardian Signs ganhou lançamento americano em março de 2010 e vendeu pouco mais de 1,53 milhão de cópias, sendo bastante ofuscado pela grande proximidade com os jogos que dariam início à V Geração.
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Esta matéria faz parte de um conjunto de textos que serão publicados aqui no blog com a intenção de celebrar os 20 anos de Pokémon.
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