domingo, 28 de fevereiro de 2016

Os Jogos Pokémon: A Trajetória de um Fenômeno Mundial - Parte 3

Os Jogos Pokémon: A Trajetória de um Fenômeno Mundial - Parte 3

Da interação multimídia ao 3D estereoscópico
A Nintendo estava vivenciando uma fase como há tempos não vivia. O Nintendo DS e o Wii eram o console doméstico e o portátil mais vendidos na primeira década do novo século. Assim sendo, a empresa ainda aproveitava bem o momento, estendendo a vida útil de ambos ainda que já tivesse sua próxima geração há muito já em desenvolvimento. Como resultado, pela primeira vez desde seu lançamento, uma nova leva de jogos Pokémon seria lançada para o mesmo videogame da geração anterior. Isso se provou um desafio para a Game Freak, que devia fazer novos jogos que ao menos parecessem uma evolução em relação aos seus antecessores, mas usando o mesmo motor de jogo.
Assim sendo, Pokémon Black & White Versions chegaram em setembro de 2010, novamente para o Nintendo DS, com Junichi Masuda retornando como diretor, Ken Sugimori como diretor de arte 2-D, Takao Unoo diretor de arte 3-D, Tetsuya Watanabe com diretor de programação e Takeshi Kawachimaru como diretor de planejamento. As novas criações da Game Freak ousaram em diversos frontes: graficamente, a desenvolvedora explorou bem mais a tridimensionalidade que podia ser obtida dentro dos limites gráficos do DS e usou isso de forma particularmente inovadora para enriquecer sua narrativa com movimentos de câmera e outros pequenos truques visuais mais elaborados , que foram especialmente cruciais nesse processo. Além disso, a própria trama de Black & White se destacou por ser a mais madura e complexa de todas até então. O jogo também buscou tornar a experiência dos jogadores mais única ao permitir que suas jornadas fossem completadas somente com Pokémon novos da região de Unova - embora posteriormente fosse possível transferir Pokémon dos jogos anteriores. Batalhas triplas foram inseridas (embora essas já existissem em Pokémon Battrio, fliperama da franquia lançado em 2007, somente no Japão), assim como batalhas de rotação. E agora os Pokémon se moviam constantemente em batalhas - ainda que muito pixelados.
Acompanhando o lançamento dos novos jogos, a Nintendo também lançou o site do Pokémon Global Link. Nele, utilizando os jogos Black & White o jogador podia criar seu perfil pessoal, acompanhar as estatísticas das batalhas realizadas online, ficar por dentro dos torneios oficiais e ainda acessar o Pokémon Dream World. No Dream World, era possível jogar mini-games para ganhar pontos e trocar por itens, cultivar berries e até obter Pokémon que não se conseguia no gameplay normal dos jogos. Através do Pokémon Global Link também era possível participar de várias promoções realizadas pela The Pokémon Company e ainda customizar alguns aspectos dos jogos Black & White, como mudar as skins da Pokédex e do Pokémon C-Gear, assim como adicionar mais espetáculos ao Musical Pokémon. Pokémon Black & White, assim como o Pokémon Global Link, chegaram ao ocidente em março de 2011. Somados, Pokémon Black & White Versions venderam 15,60 milhões de unidades, 2 milhões a menos que Diamond & Pearl, ocupando a sexta posição dos 10 jogos mais vendidos para o Nintendo DS. Os jogos foram muitíssimo elogiados pela crítica e os únicos da franquia a receber uma nota máxima 40/40 da publicação japonesa Famitsu, tornando-se o 15º título a ganhar tal reconhecimento.
Com uma nova geração iniciada, um bocado de spin-offS vieram para acompanhar os novos lançamentos. O primeiro deles foi um jogo com um viés bastante educativo, desenvolvido pela Genius Sonority: Learn with Pokémon: Typing Adventure vinha com um teclado especial wireless no qual os jogadores praticavam digitação, escrevendo os nomes dos Pokémon. O jogo foi lançado inicialmente no Japão em março de 2011 e posteriormente disponibilizado na Europa e na Austrália, sem nunca receber uma versão americana, contudo.
A seguir, a The Pokémon Company International lançou uma versão online do famoso jogo de estampas ilustradas da série. Desenvolvido numa parceria envolvendo Electrified Games, Sleepy Giant Entertainment, Plexipixel e Inversoft, Pokémon Trading Card Game Online foi lançado exclusivamente no mercado ocidental em março de 2011 para ser jogado online, podendo ser baixado para PC, Mac e iPad a partir de 2012 e permite que tanto jogadores novatos quanto experientes se divertam jogando estampas ilustradas sem precisar pagar nada por isso, mas algumas cartas físicas podem liberar suas versões online para serem adicionadas ao seu deck online. No Brasil, o jogo recebeu uma versão localizada em português e foi oficialmente batizado de Pokémon Estampas Ilustradas Online.
A seguir, foi lançado um aplicativo gratuito para acompanhar o lançamento do mais novo portátil da Nintendo: o Nintendo 3DS. Desenvolvido pela Creatures, Inc., Pokédex 3D foi lançado como um aplicativo gratuito para o portátil que disponibilizava os dados completos dos 153 Pokémon de Black & White em 3D estereoscópico, dispensando óculos especiais para ver o efeito. Inicialmente, somente 16 Pokémon são disponibilizados, com os demais podendo ser destravados usando diferentes componentes do 3DS, como o SpotPass, StreetPass e cartões de realidade aumentada. O aplicativo chegou à loja virtual do 3DS, a eShop, em junho de 2011 em todo o mundo. Em agosto, o Japão recebeu seu próprio lançamento relacionado às estampas ilustradas: Pokémon Card Game: How to Play DS. Lançado para Nintendo DS e desenvolvido pela Creatures, Inc. e pela Zener Works, o foco deste jogo são os novatos e ele traz diversos tutoriais nos quais o jogador se familiariza com as mecânicas e as regras das batalhas de estampas ilustradas Pokémon.
Ainda em agosto, o Japão recebeu o primeiro grande lançamento da franquia para o Nintendo 3DS: Pokémon Rumble Blast! Desenvolvido pela Ambrella, o título transportou a aventura dos brinquedinhos Pokémon para o portátil e desta vez apresentava Pokémon das cinco gerações existentes até então. O jogo chegou aos EUA em outubro do mesmo ano e então ao resto do mundo, alcançando um total de mais de 1,38 milhão de vendas. Para encerrar o ano, mais um lançamento para Wii: PokéPark 2: Wonders Beyond. Desenvolvido pela Creatures, Inc., esta sequência foca mais no modo história da aventura e menos nos mini-games, com o jogador podendo controlar não somente Pikachu, mas também seus amigos desta vez. O jogo chegou ao Japão em novembro de 2011 e em fevereiro de 2012 às Américas.
Com o Nintendo 3DS já nas lojas, 2012 presenciou o fim da V Geração, que acabou sendo uma das mais curtas da marca, mas ainda guardou umas cartas interessantes na manga. Em março, chegou ao Japão Pokémon + Nobunaga's Ambition, para Nintendo DS. Como o próprio título entregava, tratava-se de um crossover spin-off da criação de Satoshi Tajiri com a série de jogos Nobunaga's Ambition, desenvolvido pela Tecmo Koei. Um RPG de estratégia de turnos, a inesperada colaboração levou os jogadores a um mundo Pokémon medieval na região de Ransei, onde guerreiros e senhores da guerra usavam os poderes dos monstros de bolso para defender seus territórios e conquistar terrenos inimigos. Apesar da ficção, o jogo faz diversas referências à história do Japão e também permitia baixar novas fases para jogar via Wi-Fi Connection. Até o fim de 2012, o jogo havia vendido mais de 341 mil cópias, somente no Japão, e chegou às Américas, rebatizado de Pokémon Conquest, em junho do mesmo ano.
Em junho, a Game Freak surpreendeu trazendo não uma terceira versão de Black & White - a tão esperada "Gray Version" -, mas sim uma sequência de ambos os jogos: Pokémon Black & White Versions 2! Situado dois anos depois da história de seus antecessores, a nova aventura foi enriquecida com novas áreas para explorar e diversas pequenas novidades que garantiram muitas horas extras de gameplay, como a busca pelas preciosas medalhas, o Pokémon World Tournament, que permitia batalhar diversas personalidades importantes de todos os jogos principais da franquia, como Líderes de Ginásios, Elite dos 4 e Campeões, e os PokéStar Studios, na qual o Treinador podia se tornar um astro do cinema, entre tantas outras. Os jogos também trouxeram a inédita (e, até o momento, exclusiva) possibilidade de se destrancar o Challenge Mode e o Easy Mode, que permitiam aumentar ou diminuir a dificuldade normal da aventura, e ainda era possível conectar o jogo com as versões anteriores para personalizar a aventura conforme as conquistas realizadas neles e adicioná-las às sequências. Black 2 & White 2 chegaram às Américas em outubro, apenas quatro meses depois do lançamento japonês - período recorde para a localização de um game principal da série - e vendeu um total de mais de 8,52 milhões de cópias.
A equipe de Black 2 & White 2 foi liderada por Takao Unno como diretor e diretor de arte, Masafumi Saito como diretor de planejamento e Sosuke Tamada como diretor de programação. Apesar de ambos os jogos terem sido lançados para o Nintendo DS, eles foram acompanhados pelo aplicativo exclusivo de Nintendo 3DS Pokémon Dream Radar. Desenvolvido pela Creatures, Inc., ele permitia que o jogador capturasse Pokémon usando a realidade aumentada do portátil e os transferisse para os jogos principais da franquia. Assim como Black 2 & White 2, Pokémon Dream Radar chegou às Américas em outubro. Em julho, o Japão recebeu a Pokémon 3D Pro. Desta vez como um aplicativo pago, as fichas (quase) completas e os modelos em 3D de todos os 649 Pokémon da série e suas respectivas formas alternativas foram disponibilizadas - e a versão gratuita retirada da eShop. A versão ocidental ficou disponível para donwload a partir de novembro.
Em setembro, a Game Freak ainda lançou outro título, mas desta vez não foi mais um RPG de pegar monstros de bolso. HarmoKnight é um charmoso jogo de plataforma que emprega elementos musicais e apresenta cinco fases bônus que têm Pokémon como temática, inclusive fazendo uso de diversas versões remixadas de músicas clássicas da franquia! O jogo chegou ao ocidente em março de 2013 na eShop. E para encerrar o ano, Pokémon Mystery Dungeon fez sua estreia no Nintendo 3DS com Pokémon Mystery Dungeon: Gates to Infinity. Além dos gráficos totalmente em 3D, o jogador agora podia gerar dungeons extras usando a realidade aumentada, entre outras várias pequenas implementações. Ainda assim, o título foi bastante criticado por possuir um número muito limitado de monstros de bolso para recrutar e uma história bastante inferior à dos demais lançados para Nintendo DS. Pokémon Mystery Dungeon: Gates to Infinity chegou aos EUA em março de 2013 e vendeu um total superior a 1,32 milhão de cópias.

Um Pokémon cada vez mais global
Com a V Geração chegando ao fim, a ansiedade para a da VI Geração era maior que nunca e só aumentou quando, em 8 de janeiro de 2013, o então presidente da Nintendo Satoru Iwata fez o anúncio internacional de Pokémon X & Y através de um Nintendo Direct - programa de vídeos que a Nintendo utiliza desde 2011 para fazer anúncios importantes de jogos para seus aparelhos. O anúncio internacional também marcava o fim de uma era em que os fãs dos outros países sempre esperavam a informação sair no Japão primeiro para depois ter acesso a ela e também trazia a promessa de um lançamento mundial dos novos jogos.
Enquanto a ansiedade aumentava, a V Geração deu um último suspiro: Pokémon Rumble U para o Wii U - o sucessor do Wii lançado ao fim de 2012 no Japão. Desenvolvido pela Umbrella, o terceiro título da série Rumble chegou à eShop do Wii U em abril, sendo o primeiro jogo a utilizar a tecnologia NFC do console, que permite que bonecos específicos sejam escaneados e interajam com alguns títulos específicos. Dessa forma, os jogadores podem comprar as miniaturas, vendidas separadamente em lojas, e usá-los no videogame. Além de serem mais fortes que os Pokémon obtidos normalmente nos jogos, os monstros obtidos via NFC também podem ser customizados pelo jogador. Ao todo, 30 figuras foram disponibilizadas no Japão e um total de 23 no ocidente.
Em 12 de outubro de 2013, ocorreu o lançamento mundial de Pokémon X & Y, dando início à sexta geração de jogos do monstro de bolso. Lançados para o Nintendo 3DS, a nova criação da Game Freak trouxe novidades como a introdução do tipo Fada e das Mega Evoluções e a possibilidade de customizar seu personagem: foi possível mudar o penteado, comprar roupas e até escolher a cor da pele do protagonista, tornando possível, pela primeira vez em toda a história da franquia, jogar como um Treinador negro! Apesar de não ser totalmente em 3D estereoscópico (somente as batalhas simples e alguns locais específicos), como originalmente anunciado, os novos jogos também esbanjavam beleza! Pokémon X & Y venderam mais de 14,46 milhões de unidades. O valor é abaixo do que os 15 milhões de Black & White, mas ainda assim fizeram com que Pokémon X & Y se firmassem rapidamente como os títulos mais vendidos do 3DS!
Junichi Masuda assumiu novamente a direção em Pokémon X & Y, acompanhado de Ken Sugimori como diretor de arte de personagem, Takao Unno como diretor de arte 3-D, Katsumi Ohno como diretor de programação, Shigeru Ohmori como diretor de planejamento e Shota Kageyama como diretor de som. Em dezembro de 2013, a Nintendo disponibilizou o Pokémon Bank. Funcionando de forma similar ao Pokémon Box Ruby & Sapphire, o aplicativo gratuito permite que os Treinadores armazenem até 3000 Pokémon na nuvem, tornando conexão com Internet essencial para ser acessado. Após 30 dias de uso grátis, o aplicativo exige o pagamento de uma taxa anual de $4,99 (R$8,99 no Brasil) para continuar sendo usufruído. Acompanhando o Pokémon Bank, vem o Pokémon Transporter, que permite transferir os monstros pegos nas versões anteriores para os jogos da VI Geração. Problemas de tráfego e servidor fizeram com que o Pokémon Bank fosse tirado do ar precocemente e relançado em janeiro de 2014 no Japão e nos meses seguintes no ocidente.
Como todo ano que se segue ao lançamento de uma nova geração, 2014 foi cheio de spin-offs e novidades! Em março, foi disponibilizado no mundo todo via eShop Pokémon Battle Trozei. Desenvolvido pela Genius Sonority para o Nintendo 3DS, a sequência de Pokémon Trozei!, é mais um divertido puzzle da franquia, agora com todos os novos Pokémon. Em junho, foi a vez de mais um crossover com Pokémon chegar às lojas. Desta vez, os monstros de bolso se juntaram à série de jogos Art Academy e assim nasceu Pokémon Art Academy, desenvolvido pela Headstrong Games. Nele, os jogadores aprendem a desenhar diferentes Pokémon seguindo vários passos e aprendendo a usar mais diversas ferramentas para aperfeiçoar suas artes. Pokémon Art Academy vendeu mais de 91 mil cópias no Japão e chegou ao mercado americano em outubro do mesmo ano, muito depois de regiões como Europa e Austrália, que o haviam recebido em julho.
Em outubro, outro lançamento exclusivo do mercado ocidental chegou, somente para dispositivos iOS: Camp Pokémon. O aplicativo gratuito apresenta o mundo Pokémon para as crianças através de jogos divertidos e interativos. Em novembro, foi a vez de outro lançamento mundial de mais um par de jogos da franquia, desenvolvidos pela Game Freak: Pokémon Omega Ruby & Alpha Sapphire. Com direção de Shigeru Ohmori, direção de arte de personagem de Ken Sugimori, direção de arte 3D de Mana Ibe, direção de programação de Tomoya Takahashi e direção de planejamento de Masafumi Saito, os remakes de Ruby & Sapphire apresentaram uma Hoenn tridimensional, novas mega evoluções e a PokéNav Plus, que entre outras coisas, permite uma completamente nova e divertida maneira de caçar Pokémon.
Além disso, foi adicionado aos Contests, agora chamados Contest Spectaculars, diversos novos elementos, incluindo a possibilidade de tirar fotos para compartilhar com os amigos via Pokémon Global LinkAssim como em Pokémon Ranger: Guardian Signs, também foi possível sobrevoar a região invocando Pokémon, mas aqui trata-se de Mega Latios ou Mega Latias. Além disso, a trama do jogo foi aprofundada com a inserção das Reversões Primais e da presença de Deoxys e Rayquaza, numa pequena referência a Emerald. Ao todo, Pokémon Omega Ruby & Alpha Sapphire venderam, até o final do último ano, 11,46 milhões de cópias, mais que 2 milhões a menos que HeartGold & SoulSilver, mas ocupando a terceira posição entre os 10 jogos mais vendidos do Nintendo 3DS.
Como se o ano já não estivesse agitado o bastante, os monstros de bolso também marcaram presença nos dois novos títulos da popular série Super Smash Bros: Super Smash Bros. for Nintendo 3DS e Super Smash Bros. for Wii U. Além dos sempre presentes Pikachu e Jigglypuff, retornaram ao confronto Charizard - agora separado do Pokémon Trainer de Super Smash Bros. Brawl -, Lucario e Mewtwo (este via DLC). Aos quatro, foi somada a presença de Greninja e as mega evoluções de Charizard e Mewtwo, Mega Charizard X e Mega Mewtwo Y, como seus Final Smashes. Diversos outros Pokémon, cenários e elementos da série também marcaram presença seja como arenas, Pokébolas ou troféus, como de costume. Alguns Pokémon também marcaram presença como inimigos no Smash Run, modo exclusivo da versão portátil. A versão de 3DS chegou às lojas em setembro, com a de Wii U seguindo em dezembro no Japão, enquanto nos EUA os lançamentos ocorreram em outubro e novembro, respectivamente.

Em busca de novas fontes
O ano de 2015 viu a série se expandindo em novas direções à medida que a The Pokémon Company International e a Nintendo decidiram ampliar seu campo de atuação! O começo do ano viu surgir Pokémon Shuffle. Um puzzle no estilo de Pokémon Trozei (não uma coincidência, considerando que ambos foram desenvolvidos pela Genius Sonority), o diferencial de Shuffle é poder ser baixado gratuitamente na eShop para ser curtido por qualquer jogador. Todavia, para ser aproveitado em plenitude, ele exige que o jogador esteja disposto a gastar alguns trocados para acessar seus conteúdos especiais ou ter algumas vantagens por meio de microtransações, tão comuns em jogos para smartphones e tablets. O jogo foi lançado originalmente na eShop do Nintendo 3DS em fevereiro de 2015 em todo o mundo e recebeu uma versão para dispositivos Android e iOS, Pokémon Shuffle Mobile, em agosto no Japão e setembro para o resto do mundo. Ambas as versões são constantemente atualizadas com novas fases, novos Pokémon e desafios especiais para se jogar online.
Em abril, foi lançado mundialmente na eShop o quarto título da série Rumble desenvolvido pela Ambrella: Pokémon Rumble World, também para Nintendo 3DS. Assim como Pokémon Shuffle, a grande novidade aqui também era o esquema de microtransações, porém desta vez havia um limite de quanto dinheiro se podia gastar. Uma versão física do jogo virtual foi lançada no Japão em novembro do ano passado, prometendo chegar às Américas em abril deste ano, com o jogo completo dispensando qualquer necessidade de microtransações!
Os japoneses tiveram a oportunidade única de jogar Pokkén Tournament nos fliperamas a partir de julho do ano passado! Este outro crossover - desta vez com a série Tekken - desenvolvido pela Bandai Namco Entertainment trazia alguns monstros de bolso especialmente selecionados para combates corpo-a-corpo no melhor estilo Tekken num cenário todo tridimensional e com belíssimas renderizações 3D, tornando um velho sonho de diversos fãs da série uma realidade. Apesar de originalmente exclusivo dos arcades japoneses - para os quais foi lançado em julho do ano passado -, o título já tem estreia mundial para o Wii U marcada para março deste ano, com a promessa de trazer diversos novos Pokémon não presentes na versão dos arcades e uma experiência de jogo ainda melhor! O jogo ainda apresentará um exclusivo Shadow Mewtwo.
Para encerrar o ano, um novo título da franquia Pokémon Mystery Dungeon chegou às lojas em setembro no Japão: Pokémon Super Mystery Dungeon. Desenvolvido pela Spike Chunsoft, o novo título corrigiu todos os erros de Gates to Infinity, trazendo uma aventura completa e uma história melhor trabalhada, em cenários mais bonitos e com a presença de todos os Pokémon liberados oficialmente até então, além de incluir as novidades introduzidas em X & Y como o tipo Fada e as mega evoluções! O título chegou ao mercado americano em novembro do ano passado.

#Pokémon20
No ano em que Pokémon celebra 20 anos, a The Pokémon Company International decidiu comemorar de forma muitíssimo especial. Além de utilizar redes sociais, como o Twitter, o Facebook e o YouTube para fazer postagens, compartilhar vídeos - inclusive entrevistas com alguns dos grandes responsáveis por tornar o sonho de Satoshi Tajiri uma realidade -, e promover hashtags, a empresa ainda tem buscado encorajar os fãs a compartilharem seus grandes momentos e sentimentos sobre o que Pokémon representa pra eles. Além disso, a empresa decidiu apostar no apelo global da marca e atrair não apenas novos jogadores, mas também reconquistar os veteranos mostrando que a marca está viva, presente e encanta até hoje, chegando até a gastar 5 milhões de dólares para exibir um comercial comemorativo durante o maior evento esportivo dos EUA: o Super Bowl.
Uma das grandes apostas do ano é o Pokémon GO. Desenvolvido por uma parceria inédita entre a Nintendo e a The Pokémon Company com a Niantic, Inc., o jogo exclusivo para iOS e Android promete tornar a experiência de pegar, treinar e batalhar Pokémon mais real utilizando a realidade aumentada e o GSP dos aparelhos para trazer os monstros de bolso ao mundo real e estimular os Treinadores a levantarem do sofá e irem atrás, literalmente, dos seus próprios Pokémon, além de interagirem uns com os outros. Com um vídeo promocional de altíssima qualidade lançado ainda ano passado - o primeiro a explorar essa nova abordagem mais madura e focada em públicos mais diversos que a franquia parece ter assumido -, Pokémon GO rapidamente alcançou grande popularidade e atraiu atenção de diversas pessoas que aguardam ansiosamente seu lançamento, mesmo que os detalhes sobre seu funcionamento permaneçam uma grande incógnita.
Com lançamento previsto para ocorrer primeiro no Japão, EUA e Europa e depois no resto do mundo - inclusive Brasil -, o jogo será acompanhado do periférico Pokémon GO Plus que, entre outras coisas, interage com o dispositivo móvel via bluetooth e lhe informa sobre eventos dentro do próprio aplicativo. Pegando todo mundo de surpresa com o primeiro trailer oficial saindo apenas duas semanas antes do lançamento, a eShop japonesa recebeu no começo deste mês o título Great Detective Pikachu ~Birth of a New Duo~. Desenvolvido pela Creatures, Inc., o jogo traz uma abordagem completamente diferente pra série: trata-se de uma história de detetive na qual o jogador controla Tim Goodman, um jovem rapaz que num belo dia acaba conhecendo um detetive Pikachu falante e ambos passam a cooperar para solucionar mistérios na cidade grande. Com gráficos impressionantes, mas uma história curta, o título ainda não possui lançamento ocidental confirmado, mas torcida não falta.

Atacando direto no coração da nostalgia, a The Pokémon Company decidiu relançar os jogos originais - Pokémon Red Version, Pokémon Blue Version e Pokémon Yellow Version: Special Pikachu Edition para o ocidente, com o adicional de Pokémon Green no Japão - na eShop no dia do aniversário da série. Diferente dos relançamentos intocados feitos anteriormente, essas edições foram atualizadas para permitir a troca e batalha entre jogadores usando a conexão wireless do Nintendo 3DS. Além disso, na meia-noite do dia 27 de fevereiro de 2016, a The Pokémon Company atacou mais uma vez com uma revelação internacional: Pokémon Sun e Pokémon Moon.
Embora praticamente nada tenha sido revelado além dos títulos e algumas artes conceituais (destaque especial para o excesso de transportes), é certo que os títulos marcam já o começo da VII Geração, com uma nova aventura, novos Pokémon, novamente no Nintendo 3DS. Uma das grandes revelações, porém, foi a possibilidade de se transportar os Pokémon pegos nas versões RGBY do 3DS para os jogos vindouros.
Seja como for, a beleza da marca criada pela Game Freak é sua capacidade de mudar, evoluir e se adaptar ao longo dos anos. Com jogos lançados para praticamente todos os aparelhos da Nintendo desde sua chegada em 1996, interatividade multimídia e agora se tornando cada vez mais presente em aplicativos para smartphone, Pokémon tem provado que seu apelo e sua força prevalecem ao longo dos anos graças à incrível capacidade de seus títulos de cativar diferentes perfis de jogadores e apresentar novas ideias e conceitos. Seja você um fã de puzzles, histórias de mistérios, jogos de luta, mini-games , exploração de dungeon, jogador ferrenho de cartas ou aprecia um bom e velho RPG, há um Pokémon para cada perfil de pessoa. Algumas gerações podem decepcionar ou empolgar menos que outras, mas poucas franquias conseguem fazer uma galera parar em frente a um computador apenas aguardando ansiosamente o próximo grande título da série ser anunciado. E que venha muitos novos jogos porque essa jornada está longe de acabar.

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