PokémoN:
Black & White #7
Sonhos não norteiam somente a jornada de Black pela região de Unova,
como também funcionam como uma temática para toda a trama de Pokémon:
Black & White. Mais do que um conjunto de imagens geralmente confusas
ou sem nexo que se vivencia através do sono, os sonhos na obra de Satoshi
Yamamoto e Hidenori Kusaka servem como combustível não só para os Munna, mas
também para as jornadas pessoais de cada um dos personagens que acompanhamos
por Unova. Foi o sonho de White de tornar possível para Pokémon se
apresentarem artisticamente ao lado de humanos que motivou a criação da Agência
BW e tornou o Musical Pokémon uma realidade. Foi o sonho de Bianca de sair de
casa e descobrir o que fazer da vida que a motivou a contrariar a vontade de
seu pai. É o sonho de N, de ver os Pokémon livres da dominação humana, que
motiva sua cruzada contra os Treinadores Pokémon. E pode alguém ser
julgado por seguir os seus sonhos?
O filósofo Jean-Jacques Rousseau acreditava que o ser humano em seu estado natural era um ser benevolente e puro, livre das impurezas e da corrupção provinda da civilização. A essa crença deu-se o nome de "mito do bom selvagem". Tal conceito inspirou diversos personagens clássicos como Mogli de O Livro da Selva, Tarzan e Peri, do romance brasileiro O Guarani, de José Alencar. E há certamente alguns elementos do bom selvagem em N. Assim como Mogli e Tarzan, N cresceu habitando entre os animais de seu mundo: por eles foi criado, cuidado e com ele aprendeu a se comunicar e a compreendê-los de forma especial. Assim como os outros bons selvagens da literatura, N também possui um coração puro e uma vontade honesta de ajudar os seres com quem crescera.
É essa pureza de N que o torna o
elemento cinza no mundo sempre tão preto e branco de Pokémon.
É verdade que enquanto o anime e os jogos sempre apostaram numa abordagem
unilateral com seus vilões extremistas com idealismos falsos de um
mundo perfeito - como Maxie, Archie e Cyrus -, o mangá Pokémon Special já apresentava vilões com intenções
nobres ou motivadas por uma dor ou ressentimento pessoal lá em suas primeiras
histórias. A Elite dos Quatro de Kanto - ou pelo menos alguns de seus membros -
era realmente preocupada com a poluição e a destruição da natureza causada
pelos humanos. E o Máscara de Gelo tinha no coração a intenção honesta de
recuperar um ente querido.
Porém, o que cria um abismo entre N e
esses outros antagonistas é que seus métodos não envolvem violência nem
destruição tampouco ameaçam a vida de outras pessoas. N quer algo muito
simples, que qualquer pessoa pode fazer sem causar nenhum dano a si mesmo ou
aos Pokémon: ele simplesmente quer que os Treinadores libertem seus Pokémon e
os Pesquisadores parem de tratar os monstros de bolso como meros objetos de
estudo. E, ironicamente, é isto que torna N tão mais perigoso que seus
antecessores! Ele não joga com ideias absurdas ou estratégias de dominação, ele
joga com a verdade, com a hipocrisia dos seres humanos, ele explora a fraqueza
moral das pessoas que enfrenta e essa é a sua grande arma secreta.
O poder de N é tanto que ao fim deste
sétimo Volume, ele acaba derrotado por Black e White e Professor Juniper, mas
pareceu a mais amarga das derrotas para os protagonistas. Se o Volume 4 já
havia sido um choque por mostrar Pipig deixando White para seguir o
antagonista, aqui ver Black sendo descreditado pelo seus próprios Pokémon e
então abandonado por Musha chega a ser ainda mais grave. Mais que isso: N
derrota o Campeão Alder e ainda humilha a Professora Juniper por sua
irresponsabilidade ao tratar dos Pokémon Iniciais que foram dados a Black,
Cheren e Bianca. Se N certamente não aparecia tanto nos volumes anteriores
quanto sua contraparte dos jogos, definitivamente este Volume 7 o coloca mais
em evidência do que nunca!
O roteiro de Kusaka é fenomenal
porque consegue colocar o proclamado Rei num pedestal na qual seu extremismo,
por mais reprovável que seja, é carregado com uma dose de razão e sensatez que
os heróis não conseguem alcançar. Não fosse por N, White talvez nunca
teria decidido iniciar um treinamento para entender melhor os Pokémon e sua
Pipig poderia ter sido fadada a uma vida frustrada, privada das batalhas -
imagina só que dó ela tendo o mesmo destino da Snubbull Preciosa - e ambas de
fato mostram o quanto progrediram neste volume e ainda guardam uma (relutante
no caso de White) gratidão pelo que o rapaz misterioso fizera por elas.
Capítulos que antes pareciam
meramente expositivos, como o primeiríssimo da saga, mostrando as desventuras
dos Iniciais no dia antes de serem entregues a seus Treinadores, acabam
ganhando um novo propósito quando são usados como argumento por N contra a
Professora Juniper. Também é um alívio que Kusaka ao menos se dê ao trabalho de
explicar que Zorua observava as pessoas ao redor da região de Unova e como elas
se relacionavam com os Pokémon, para então falar para N - embora a hostilidade
do Pokémon em relação aos humanos pareça ser tão grande que não me
surpreenderia se guardasse algum antigo rancor contra alguma pessoa horrível.
Nesse sentido, não há também absolutamente nada de aleatório na presença
das Espadas Sagradas de Unova nesta edição. Como reza a lenda, Cobalion,
Virizion e Terrakion são os responsáveis por aparecerem e intervirem numa época
em que os Pokémon eram constantemente prejudicados pelas constantes guerras
travadas entre os humanos no passado. O mangá até deixa implícito que humanos
foram mortos pelo trio no processo e até hoje eles não têm confiança alguma em
pessoas. Sua desconfiança e desdém acabam ganhando força quando Trish da
Família Rica (The Riches dos jogos), acaba incendiando a caverna acidentalmente
como resultado de sua teimosia, impulso e vaidade desmedidos, botando um
dos Patrat de sua amiga em perigo mortal no processo.
As Espadas Sagradas chegam ainda a afastar os Pokémon de suas
Treinadoras, mostrando que N não está sozinho em sua crença de que os monstros
de bolso estão melhores longe dos humanos. O contraponto é a intervenção de
Black: ele não só intervém, como ainda faz com que a vontade dos monstrinhos
seja respeitada - e eles decidem voltar para suas donas, apesar de tudo. Desde
o primeiro momento que nos é mostrado que os Pokémon de Trish e sua amiga Shoko
estavam com o trio de lendários, dá pra notar que eles não pareciam nem felizes
nem confortáveis com a situação, mas sim intimidados pelos lendários.
Novamente, apesar das boas intenções e motivos mais que justos de Cobalion,
Terrakion e Virizion, eles acabaram cometendo o mesmo clássico erro de não dar
ouvidos aos Pokémon que queriam proteger pra sequer saber se tal proteção era
bem-vinda, algo com o qual N tende a ser mais cuidadoso.
Kusaka também confere ao Rei da Equipe Plasma um respeito e uma ética
ainda maior diante da forma como o mostra pedindo o apoio de Zekrom: ele não quer simplesmente dar ordens ao Pokémon -
algo que um dos Sábios deixa claro ser completamente possível -, mas sim ganhar
seu respeito da forma mais difícil e árdua, mas digna o possível. Vê-lo
tentando transmitir seu ideal a Zekrom para convencê-lo a comprar sua briga é
uma bela forma de iniciar este volume e mostrar o valor do rapaz. Mais que
isso: o momento também mostra como ao menos alguns dos Sábios realmente
acreditam na pregação de N e na sua predestinação como o Herói e nem todos são
oportunistas cruéis - algo que os jogos Black 2 & White
2 exploram melhor.
Porém, num mundo em que o resultado de uma discussão é melhor definido
numa batalha Pokémon, o sonho de N de derrotar Alder é apenas um meio para
provar o valor real de seu argumento. O confronto de N e Alder não é
apenas uma batalha para mostrar que o Rei superou o Campeão em força, mas tudo
o que ele representa. Em volumes anteriores, vimos que o Campeão de Unova é um
Treinador que entende os Pokémon: ele não se importa em adiar compromissos para
brincar com criaturas selvagens, é gentil com elas e preocupa-se com o seu
bem-estar. Alder também transmite uma humildade imensa, que se opõe diretamente
à altivez e pomposidade dos outros Campeões. Ver N superar um homem com
essas qualidades, e sem apelar para Zekrom, mas fazendo a luta de forma justa e
cumprindo a promessa feita à Pipig de White (de que a Tepig venceria o Campeão)
é um belo tapa na cara dos protagonistas, especialmente na de Black.
O soNho torNado pesadelo
Os personagens de Black
& White são motivados por sonhos, mas o que acontece quando, de repente, a
esperança de ver um sonho se tornando realidade se perde? O que acontece quando
o desespero toma conta e uma mente antes habitada por esperanças e ambições
começa a ser tomada por temores e inseguranças? A jornada de Black em busca das
oito Insígnias sempre foi motivada pelo seu sonho de vencer a Liga Pokémon. E
um dos elementos mais bacanas que Black tinha e o destacava do grande grupo de
portadores de Pokédex que o antecederam era sua habilidade Modo Detetive. Além
disso, sua relação com Musha era uma das formas mais bacanas de se usar as
características especiais de um Pokémon já mostradas em qualquer mídia da
franquia!
Desde que Black ouviu da boca de Clay sobre a possibilidade de a Liga
Pokémon não ser realizada por causa dos desígnios da Equipe Plasma, ele vem
lutando consigo mesmo para manter a mente positiva e o foco. Mais que isso: ele
também vem enfrentando dificuldades de se conectar com seus Pokémon. Primeiro
ele teve que recuperar sua confiança durante o combate contra Skyla no Ginásio
de Mistralton. Porém, logo em seguida ele viu os Líderes de Ginásio sendo todos
derrotados e abduzidos por ninguém menos que um trio de Pokémon lendários sob o
controle da Equipe Plasma. Com os Líderes derrotados e a Equipe Plasma em posse
das Pedra das Trevas e das Forças da Natureza, as coisas certamente não pareciam nada otimistas.
Porém, neste volume ele sofre uma
nova onda de eventos que ameaçam seus sonhos: primeiro ele descobre que é o
Herói da Verdade e a Liga ainda vai acontecer, mas logo ele fica ciente que a
Liga foi adiantada e talvez não haja tempo de conquistar sua oitava Insígnia.
Em seguida, ele descobre que pode tentar pegar uma das Espadas Sagradas para
impressionar Drayden e conseguir o direito de entrar na Liga Pokémon. E falha.
Para piorar, ele ainda testemunha o Campeão Alder, alguém que ele admirava e
ambicionava derrotar, ser derrotado pela pessoa que ele mais despreza: N.
Pokémon
Special nunca teve medo de explorar
seus personagens num nível psicológico mais complexo que aquele realizado na
série animada e é fascinante ver como Black reage diante dos choques de
realidade que leva. Enquanto White sofrera um único golpe fatal,
permitindo que ela se recuperasse de uma só vez, Black tem sido constantemente
golpeado de forma menos grave, mas dolorosa. O problema é que esses golpes têm
sido tão frequentes que não permitiram que ele cicatrizasse completamente. O
resultado é um Black totalmente sem compostura diante de um N que mantém a
calma e mostra um domínio absoluto de suas palavras e de seus Pokémon. Enquanto
White é madura o suficiente para reconhecer que N fizera algo bom por ela e sua
Pipig, Black só sabe reagir de forma violenta e irracional.
Ver os Pokémon respondendo à
irracionalidade de seu Treinador com medo e insegurança é apenas uma
consequência maravilhosa que Kusaka faz funcionar muito bem graças à sua
maneira magistral de conduzir os eventos de sua trama. Nos últimos capítulos,
temos visto um Black tão centrado nos acontecimentos urgentes que cercam sua
vida que realmente quase não tivemos momentos compartilhados entre ele e seus
Pokémon - lembram como até antes do confronto contra Clay (que foi quando tudo
começou a mudar), o Treinador sempre recitava seu lema motivacional junto com
seus Pokémon e eles tinham todo um vínculo e uma rotina própria especial e
própria? Desde então, Black se fechou, inadvertidamente se afastando de seus
Pokémon.
No capítulo "VS Darmanitan -
Ápice", ele chega a dizer que acredita que os únicos que são capazes de
entender o quão importante é pra ele vencer sua oitava Insígnia e entrar para a
Liga Pokémon são os Pokémon que o acompanham desde o começo (Musha e Bravy).
Ainda assim, ele foi incapaz de perceber a má reação aos seus sonhos cada vez
mais corrompidos que Munna estava sofrendo. Ele não parou em momento algum para
se abrir com seus Pokémon e conversar com eles, ser honesto sobre seus
sentimentos cada vez mais conturbados, nem sequer para perceber o como seu
estado de espírito alterado também os afetava. É claro que é natural que no
lugar de Black, um menino de uns 14 anos, qualquer pessoa estivesse tão focada
nos problemas que se esquecesse de outras coisas igualmente importantes, mas a
reação dos Pokémon a isso é apenas tão natural quanto.
Toda essa dinâmica acaba dando aos dois capítulos
que finalizaram o Volume 6 e que pareciam tão aleatórios e deslocados uma
relevância imensa! É graças a eles que entendemos melhor a natureza da
relação entre Black e Munna e como ela era mais simbiótica do que uma
tradicional união entre Treinador e Pokémon. Basta observar nas diferenças na
captura do Bravy e Musha. Se o primeiro havia sido pego com batalha e tudo, com
Black convidando-o para realizar seu sonho junto com ele, o último segue o
rapaz pelos bons sonhos que ele produzia e em troca disso, topa ajudá-lo. Logo,
faz todo sentido que quando os sonhos de Black tornem-se corrompidos por sua
própria insegurança e medo, que o Pokémon se afaste dele.
Porém, o Treinador não teve uma
trajetória só de derrota em Pokémon: Black & White #7. Já nos
capítulos iniciais, testemunhamos o momento em que ele finalmente chega ao
Líder do Ginásio de Icirrus Brycen e o desafia para conquistar sua sétima
Insígnia. Se quado enfrentara Skyla seus sentimentos estavam confusos, aqui é
exatamente o contrário: Black está seguro, principalmente depois que força o
Líder de Gelo a explicar-lhe todo o lance com a Pedra da Luz e Reshiram. É
também notável que Black tenha conseguido sentir a Pedra da Luz escondido na
manga da roupa do Treinador mais experiente.
A batalha de Ginásio também é muito
boa, tendo como destaque a forma como Black usa Boar e Costa para atingir a
vitória e a maneira como Brycen tem uma estratégia toda focada em clima fazendo
excelente uso do Granizo (Hail) para curar, ocultar e aumentar a evasiva dos
seus oponentes, enquanto ainda é capaz de causar dano - ainda que a ilustração
de Satoshi Yamamoto não ajude muito a deixar evidente que o Granizo continua em
efeito depois da batalha entre Cryogonal e Emboar. O confronto é bem sólido,
com as únicas exceções sejam justamente as vitórias de Brycen sobre Musha e
Boar - ambas pouco convincentes por não terem sido mostradas, mas apenas vistas
como consequência das distrações momentâneas de Black, ao decidir conversar os
assuntos importantes com o Líder durante o desafio - apesar de que isto acaba
indo de encontro à toda negligência do Treinador para com seus monstrinhos, que
reverbera nos capítulos seguintes.
A luta entre Beartic e Tirtouga, que
acaba evoluindo para Carracosta no meio, é excelente: Black é inteligente ao
optar por prejudicar as garras do urso polar logo no começo e Brycen ainda mais
por não deixar que isso o abale, ordenando que seu Pokémon crie garras de gelo
para si próprio. O jovem Treinador de Nuvema também demonstra mais daquele
típico conhecimento esperto de como usar as qualidades especiais de seus
Pokémon a seu favor, fazendo uso da resistente mandíbula da Prototartaruga para
imobilizar o oponente e desferir golpes fatais. É um Black determinado a
realizar seu sonho sabendo que a Liga vai continuar e disposto a enfrentar N,
com Reshiram e de cabeça erguida. É um Black antes de o dia virar noite e seus
Pokémon se intimidarem diante dos Pokémon de N. É um Black antes da partida de
Musha. Diz o ditado que é sempre mais escuro antes de amanhecer. Com dois
volumes ainda por vir, será que este momento já chegou ou as coisas estão pra
ficar ainda mais sombrias?
CoNsiderações fiNais:
- White e Black se reencontram
neste capítulo, mas ela não ganha mais espaço como no próximo. Ainda
assim, há alguns momentos fortes no reencontro da garota com Pipig e N. É
legal como Kusaka e Yamamoto se preocupam em mostrar como a Treinadora
fica preocupada ao ver Pipig sendo atacada pelo Spray Ácido de Escavalier
- embora na verdade se tratasse de Zorua disfarçado - ou como ela hesita
em atacar a porquinha quando Cedric Juniper comanda o ataque combinado
contra N;
- Falando em ataque combinado, Kusaka AMA escrever
o momento em que as últimas formas de cada Inicial aparecem juntas para
atacar e eu devo dizer que demorou relativamente bastante para isso
acontecer em Pokémon: Black & White,
principalmente se você considerar que existem seis Iniciais de Unova na
história em vez do típico trio;
- Amanda, a Serperior de White, também parece já ter aceitado
totalmente a autoridade de sua Treinadora: apesar de ter sido parceira de
N por muito tempo, ela não reage ao jovem de forma especial e não hesita
em enfrentá-lo, nem a Zorua, que também era seu amigo;
- Ainda nesse assunto, este Volume não confirma, mas deixa bastante
implícito que a Pipig é o Tepig que N liberou do laboratório de Cedric e
acabou se perdendo. Ou será que existe ainda um terceiro Tepig escondido
por aí?
- Assim como nos jogos, Trish e
Shoko são mais um par de NPCs menores que ganham contrapartes no mangá.
Assim como nos jogos, a Rica tem um Heatmor. Essa também é a única mídia
da franquia em que Shoko tem nome;
- O trio de Espadas Sagrada começa
o mangá do lado de N, mas ao final fica subentendido que o encontro com
Black possa ter mudado alguma coisa sobre a forma como eles enxergam a
relação entre Treinadores e Pokémon. Será que o trio aparecerá para
auxiliar no confronto contra Tornadus, Thundurus e Landorus?
- Falando nisso, o mangá manteve a
expressão japonesa Espada Sagrada (Espadachim Sagrado é outra
possibilidade) em vez de optar pela ocidental Espada da Justiça;
- Em dado momento, Iris irrita
Black, pisando nos mil calos do garoto e até diz ser uma criança. Pareceu
muito próxima de sua contraparte do anime nesse momento. Neste Volume,
também é revelada sua relação com Alder, o atual Campeão, o que parece ser
uma forma de já estabelecer uma escada para sua futura função como Campeã
de Unova. Não coincidentemente, Alder revela estar disposto a abrir mão de
sua posição;
- Apesar de ver Black ser derrotado por N, Zekrom ainda tem confiança de que enfrentará o Treinador ao lado de Reshiram, o que é talvez o momento mais otimista do último capítulo dessa edição. Eu me pergunto se no fundo Zekrom realmente acredita no ideal de N ou se ele o questiona também. Ideais e verdades são conceitos aparentemente concretos, mas muito vagos. O que é uma verdade? O que é um ideal? Será que os Pokémon lendários que representam esses valores também os enxergam dessa forma concreta ou questionam suas dimensões? Seria muito interessante eles também estivessem em busca de suas próprias respostas e os Heróis fossem apenas um meio de consegui-las;
- N vai embora, mas não sem antes
de Zorua destruir a terceira Pokédex do Professor Juniper. Falando no
pestinha, é particularmente cruel a forma como ele derrota Accelgor se
passando por Alder;
- Há um aparente erro de continuidade do Volume 6 para o Volume 7. No
final do capítulo "VS Meloetta II - Show" do sexto volume, tendo
encerrado seu treinamento com Emmet e Ingo, White decide partir voando com
Vullaby para encontrar Black, o que ela finalmente faz no Volume 7 em
"VS Darmanitan - Ápice". Todavia, em "VS Cobalion,
Terrakion e Virizion I - Três Espadas", White é vista com os Mestres
do Metrô, ainda em treinamento. É possível, porém, que não se trate de um
erro de continuidade, mas simplesmente uma escolha de Yamamoto e Kusaka
para situar melhor a história de White cronologicamente e tornar a demora
dela para encontrar seu amigo menos absurda. Pode ser ainda o caso de
White ter voltado para os Mestres do Metrô encerrar seu treinamento já que
quando ela partira, Amanda ainda era uma Servine e aqui já surge
Serperior. Além disso, na edição original de "VS Cobalion,
Terrakion e Virizion I - Três Espadas", lançada em revista, a
motivação de Black decidir pegar as Espadas Sagradas era para combater as
Forças da Natureza da Equipe Plasma (daí o motivo do pesadelo com elas).
Porém, no tankobon, isso foi
alterado para ele querer pegá-los para impressionar Drayden e conseguir
entrar na Liga Pokémon. Além disso, originalmente o capítulo "Beartic
- Condição" encerrava com a cena do encontro entre Alder e N. Porém,
na edição tankobon essas cenas foram inclusas como parte do capítulo "VS
Darmanitan - Ápice" para que isso não colidisse diretamente com os
eventos envolvendo as Espadas Sagradas, gerando uma inconsistência;
- E por onde andam Cheren e os
trigêmeos de Striaton?
- Perdoe-me os erros de grafia. Se
puderem apontar as falhas que vocês notaram pra eu corrigir depois,
ficaria agradecido;
- Este mês tem sido bastaaaaante agitado pra mim e eu ando correndo contra o tempo pra ver as três primeiras temporadas de Doctor Who antes de elas saírem do catálogo do Netflix próximo dia 1º, mas tentarei fazer ao menos mais uma postagem antes do fim do mês;
Nenhum comentário:
Postar um comentário