E aqui está a segunda parte do meu ataque rage sobre Best Wishes! que vcs parecem ter gostado mto de ler. A primeira parte está acessível logo ao lado caso você tenha perdido.
Estou publicando sem imagens porque não consegui postá-las ainda, mas assim que eu conseguir, atualizarei o post. Tbm tem a segunda parte da trajetória sobre o filme do Mewtwo no Brasil que estreou no Brasil há 13 anos!
Aviso: contém spoilers.
POKÉMON BEST WISHES!, EU ODEIO VOCÊ!
Parte 2
IRIS & CILAN – MAIS COLEGAS DE VIAGEM QUE AMIGOS
Apesar
de se manter fiel ao seu personagem principal e seu Pikachu, os
roteiristas e produtores da série não tem muitas restrições
quanto a mudar as suas companhias de jornada. Seja por medo de uma
implicância dos americanos com a etnia de um deles (como no caso de
Brock e Tracey) ou para dar uma nova presença feminina “para os
meninos apreciarem”, os roteiristas trocaram protagonistas do anime
sempre que julgaram necessário. Em Best
Wishes!, eles nos
apresentaram a Iris e Cilan. BW
é frequentemente
comparada à saga Kanto, graças ao ritmo mais acelerado da série,
na reapresentação da Equipe Rocket como vilões sérios, na escolha
de dar os três iniciais da nova geração para Ash, nos títulos
ocidentais dos episódios... e no fato de que os dois parceiros de
viagem de Ash são Líderes de Ginásio nos jogos, assim como Misty e
Brock na série original.
Mas afinal, os dois personagens
funcionam?
Uma coisa bacana nos jogos Pokémon
Black Version e Pokémon White Version é a ideia de
contraste. Preto e branco. Velho e novo. Inovação e tradição.
Felizmente, esse contraste está presente no anime nas figuras de
Iris e Cilan – ainda que com estereótipos muito fortes. Ela é a
menina negra, rústica, selvagem e supersticiosa, enquanto ele, ao
contrário, é o menino branco, urbano, engomadinho e cético. Nesse
sentido, ambos funcionam muito bem. É interessante ver como eles se
relacionam um com o outro, como seus comportamentos, crenças e modos
de vida são diferentes, mas como eles conseguem aprender conviver
com essas diferenças, apesar dos eventuais conflitos que elas geram.
Para o mundo de diversidades de hoje, é importante que uma série
animada traga personagens assim. Mas e com o Ash?

Iris começa implicando com Ash,
chamando-o de criança, questionando suas decisões e atitudes... mas
por alguma razão, mesmo não gostando dele, continua seguindo-o por
cinco episódios até Cilan sugerir que os três deveriam viajar
juntos oficialmente. Mas por quê? Curioso que Misty também não
tinha uma relação boa com Ash também no começo e, pensando em
Iris e Cilan como um paralelo a Misty e Brock, o comportamento de
Iris forma um paralelo com Misty. Entretanto, não há nem uma gota
da mesma química que havia entre Ash e Misty com Ash e Iris. As
implicâncias dela com ele não tem a mesma graça, assim como ele
parece estar tão apático nesta temporada que é incapaz de sequer
responder às provocações dela, algo que o Ash de Kanto era capaz
de fazer e dava certo equilíbrio à relação. Além disso, se é
visível o crescimento do sentimento de amizade entre Ash e Misty,
com Iris não dá para perceber se mesmo hoje ela e Ash são amigos
porque a interação entre eles é muito pobre e mecânica.


É triste também ver o que fizeram com
Axew. Logo no começo de Best Wishes!, ele havia mostrado
interesse em evoluir – sendo uma das raras vezes em que um Pokémon
expressa desejo de evoluir no anime perto de tantas outras objeções
à evolução –, mas ao invés de trabalharem isso e tornarem-no um
Pokémon mais ativo, os roteiristas decidiram mantê-lo como
mascote-alívio-cômico-fofo que aparece com ataques fodas
ocasionalmente para algumas batalhas importantes. E para compensar,
deram o Dragonite para ela ter alguma força expressiva em seu time.
Cilan é também outro personagem complicado. Apesar de ter seus muitos fãs, ele está longe de ser unanimidade. Sua razão para viajar com Ash também é uma incógnita. Depois que perdeu para Ash numa batalha cujo foco era o humor, não necessariamente o talento de Ash, Cilan decide que ele tem um “segredo de batalha” e o acha um Treinador fascinante, então decide segui-lo – e ele acha isso logo na série em que Ash está em seu pior (Ok, não pior que na Liga Índigo, concordo, mas ainda assim... regressões são piores) e após uma batalha medíocre da parte de Ash! Apesar de Cilan fazer amizade com Ash mais fácil do que Iris, os dois ainda estão muito longe de terem aquela interação que Ash tinha com Brock, por exemplo. A profissão de Cilan, um Especialista Pokémon – conforme a versão brasileira – é tão diversificada quanto seu nome ao redor do mundo – Sommelier na versão japonesa, Connoisseur na versão americana, Intenditore na italiana, Conecedor na espanhola. Inicialmente Especialistas são apresentados como pessoas capazes de avaliar o quão próximos Pokémon e Treinador são. O problema é que enquanto nos jogos há uma lógica de existência de pessoas capazes de verificar a compatibilidade entre um Treinador e seu Pokémon (certos Pokémon evoluem por nível de felicidade, então é importante ter alguém te informando sobre o quão feliz com você seu Pokémon está já que é impossível saber só pelos sprites dos bichos), no anime é questionável a necessidade de tal serviço desde que essas relações entre humano e Treinador já são mostradas de forma muito clara, afinal você pode vê-los interagindo e tal, então a profissão acaba se tornando um tanto inútil. Além disso, em Sinnoh, as pessoas podiam usar um Pokétch para fazer isso de forma simples – vai ver os Especialistas se popularizam justamente porque não tem Pokétch em Unova né! O diferencial dos Especialistas, aparentemente, é que eles fazem a descrição de uma forma exageradamente rebuscada cheia de analogias a vinhos (ou comida, como na versão ocidental) e metáforas que dizem, na realidade, muito pouco.
Cilan é também outro personagem complicado. Apesar de ter seus muitos fãs, ele está longe de ser unanimidade. Sua razão para viajar com Ash também é uma incógnita. Depois que perdeu para Ash numa batalha cujo foco era o humor, não necessariamente o talento de Ash, Cilan decide que ele tem um “segredo de batalha” e o acha um Treinador fascinante, então decide segui-lo – e ele acha isso logo na série em que Ash está em seu pior (Ok, não pior que na Liga Índigo, concordo, mas ainda assim... regressões são piores) e após uma batalha medíocre da parte de Ash! Apesar de Cilan fazer amizade com Ash mais fácil do que Iris, os dois ainda estão muito longe de terem aquela interação que Ash tinha com Brock, por exemplo. A profissão de Cilan, um Especialista Pokémon – conforme a versão brasileira – é tão diversificada quanto seu nome ao redor do mundo – Sommelier na versão japonesa, Connoisseur na versão americana, Intenditore na italiana, Conecedor na espanhola. Inicialmente Especialistas são apresentados como pessoas capazes de avaliar o quão próximos Pokémon e Treinador são. O problema é que enquanto nos jogos há uma lógica de existência de pessoas capazes de verificar a compatibilidade entre um Treinador e seu Pokémon (certos Pokémon evoluem por nível de felicidade, então é importante ter alguém te informando sobre o quão feliz com você seu Pokémon está já que é impossível saber só pelos sprites dos bichos), no anime é questionável a necessidade de tal serviço desde que essas relações entre humano e Treinador já são mostradas de forma muito clara, afinal você pode vê-los interagindo e tal, então a profissão acaba se tornando um tanto inútil. Além disso, em Sinnoh, as pessoas podiam usar um Pokétch para fazer isso de forma simples – vai ver os Especialistas se popularizam justamente porque não tem Pokétch em Unova né! O diferencial dos Especialistas, aparentemente, é que eles fazem a descrição de uma forma exageradamente rebuscada cheia de analogias a vinhos (ou comida, como na versão ocidental) e metáforas que dizem, na realidade, muito pouco.

Talvez devido à falta dos roteiristas de
saber o que fazer com um Especialista, acabaram dando a Cilan ao
longo da série diferentes especialidades (Especialista Detetive,
Especialista Pescador, Especialista em Metrô... ). Vale notar também
que assim como o fato de ser um bom cozinheiro é um visível
paralelo a Brock, ele herdou a habilidade de pesca de Misty, tendo
inclusive sua própria isca especial, como ela. Enquanto todas essas
habilidades o tornam um personagem mais versátil, elas também
acabam reforçando a ideia do quão fraco foi seu planejamento como
personagem e como eles foram tentando compensar ao longo da série. E
o fato de eles fazerem questão de adicionarem o “Especialista” a
todas essas especialidades só reforça o quanto essa é uma ocupação
bastante fraca que tem essas ramificações para ganhar algum
diferencial.
No fim das contas, Iris e Cilan são
personagens legais com problemas em sua construção, mas que não
combinam nadinha com o Ash. Pior é que foram inclusos na saga mais
tosca de Pokémon, o que torna a situação toda ainda mais
triste para ambos. Talvez se tivessem sido inclusos num ambiente
melhor preparado, se os roteiristas não estivessem tão preguiçosos
e criassem situações genuínas que transformassem a união do trio
em amizade e não apenas numa conveniência talvez eles teriam se
provado personagens bem melhores.
RIVAIS PRA QUÊ?

Quando os jogos Black & White
chegaram, eles introduziram dois rivais para o protagonista: Cheren e
Bianca. Personagens excelentes, ambos destacaram-se por possuírem um
desenvolvimento bem acentuado dentro da história paralelo ao do
protagonista. O fato de que personagem principal e rivais cresciam
juntos dentro do jogo fez a diferença e gerava várias histórias
diferentes. As personalidades bem distintas e contrárias dos dois
também servia bem ao propósito de dualidades que era o foco dos
tais jogos, como já mencionado anteriormente. Logo que Best
Wishes! começa, porém, somos introduzidos a um rival
completamente novo: Trip.
Porém, não dá pra dizer que Trip é
exatamente completamente novo. Se houve uma cautela dos roteiristas
de não darem um rival para Ash em Advanced Generation logo
após Gary e depois fazer os rivais de DP personagens bem
distintos, Trip é introduzido com forte influência notável de
Paul! Seja no cabelo, no olhar de desprezo, na forma de andar, na
arrogância na voz quando se direcionando a Ash e até na forma que o
inferiorizava, Trip era uma cópia mal-feita de Paul. Mal-feita
porque ele surge como um Treinador novato que derrota Ash quando seu
Pikachu está “debilitado” e derrota de novo quando ele está
saudável de forma superior, mas pouco convincente. O lance é que o
guri demonstrava MUITO talento para um novato e muita gente não
curtiu – pessoalmente, eu odiei! – ver Ash, o Treinador que
acompanhamos por anos, ser derrotado por um guri nojento e metido que
acabou de pegar suas bolas, sua lagartixa verde e partiu numa jornada
com seu hobby de fotografia.
Além disso, se os roteiristas tiveram
cuidado em criar as situações entre Paul e Ash de forma que a
rivalidade dos dois impulsionava Ash de alguma forma, lhe dava uma
nova motivação e também servia para mostrar as diferentes camadas
do próprio Paul, a rivalidade contra Trip só servia para provar o
quão incompetente o Ash de BW é, para mostrar o Palletiano
perdendo para alguém. E a popularidade de Trip foi baixa, sua
rivalidade com Ash tão fracassada que os próprios roteiristas
parecem ter visto a falha que tinham em mãos e se apressaram em
criar personagens mais agradáveis ao gosto do público e fizeram de
tudo para evitar Trip o máximo possível no anime, usando-o só com
a obrigação de encerrar logo seu arco de história – se é que se
pode considerar o draminha besta com Alder um. O fracasso de Trip
como rival foi tanto que os roteiristas não hesitaram ao “inovar”
fazendo o rival “principal” da série ser o primeiro eliminado na
Liga regional numa batalha 1 VS 1 – a menor batalha vista contra um
rival principal até então numa Liga havia sido 3 VS 3! Inovações
de Best Wishes!.
E quando os fãs já estavam
super-desapontados com Trip, eles tiveram suas preces ouvidas e uma
rival dos jogos foi introduzida na série animada: Bianca!
Pessoalmente eu sempre quis ver Ash tendo uma rival feminina e Bianca
é uma das minhas personagens favoritas de Black & White.
E em sua estreia Bianca é bacana e divertida, porém, não era a
mesma Bianca dos jogos. Enquanto a personagem dos jogos tem problemas
em confiar em seu próprio potencial, é frágil, humilde, mas com
uma certa força interior, muitíssimo adorável, gentil e bastante
realista-pessimista, a Bianca do anime é super-convencida,
desastrada, apressada e engraçada de uma forma que a afasta da sua
contraparte dos jogos e a aproxima mais do outro rival de Ash em DP,
Barry. A única coisa em comum entre a Bianca do anime e a dos jogos
é o fato de ambas serem “avoadas” - não à toa a característica
mais enfatizada da personagem nos jogos. Como eu falei, porém, em
seu episódio de estreia isso não é bem um problema porque funciona
bem esse estilo Bianca mais barryzado porque ela ainda continua
adorável e carismática – Barry era um excelente personagem afinal
de contas!
O problema vem quando Bianca se mostra
uma pessoa extremamente sem noção e, o pior, chata. Isso fica em
evidência, por exemplo, quando ela passa quatro episódios seguidos
das Batalhas Don perseguindo de forma meio doentia uma Zorua que já
tem Treinador e não quer nada com ela só por meros propósitos de
humor. Então se nos jogos há um propósito de se mostrar Bianca
como uma Treinadora em desenvolvimento, o anime a reduziu a
alívio-cômico. A situação fica pior quando eles reciclam a mesma
piada de novo e de novo com ela até tornarem tudo insuportável. Aí
nem alívio-cômico mais funciona!
Depois os roteiristas e produtores
decidiram explorar uma das tramas de Bianca dentro dos jogos. Em
Black & White, Bianca parte em jornada contra a vontade do
pai. Ele tenta impedi-la de sair de casa e depois vai buscá-la
pessoalmente na Cidade de Nimbasa. No anime, nós perdemos o drama de
ela saindo de casa, mas ela explica logo quando conhece Ash e cia que
seu pai não a deixava sair de casa por isso ela ficou um tempo só
treinando seu Pignite e ele era então o único Pokémon que ela
tinha até o dia em que ela fugiu. Nos jogos, essa trama tinha por
objetivo trabalhar mais da insegurança de Bianca – seu pai não
acreditava que ela poderia se virar sozinha no mundo perigoso – e
mostrar o quão ela era capaz sim de estar em sua jornada.
Como já foi desnuda de toda insegurança
e sensibilidade, essa trama para a Bianca do anime acaba perdendo
bastante o impacto que tinha originalmente. Primeiro eles tentam
abalar a confiança dela, trazendo seu pai para a história querendo
que ela volte para casa porque não poderia ser uma boa Treinadora,
depois fazem-na perder para Elesa, meio que confirmando a teoria dele
e aí vem Ash vencer o pai de Bianca pra ela para provar sei lá o
quê. Que ela pode viajar sozinha porque tem rivais com quem ela
encontra de vez em quando que vão lutar por ela para protegê-la? Ou
que ele pode vencer o pai dela? Cadê a construção da
auto-confiança dela? Cadê ela lutando e defendo seu sonho de seguir
numa jornada mesmo com as derrotas? Cadê Elesa enfatizando que as
pessoas são diferentes e tem opiniões diferentes sobre o mundo e
tais diferenças devem ser respeitadas? Além disso, convenhamos não
faz muito sentido a forma como o pai de Bianca parece ter
dupla-personalidade no anime. Uma hora um pai como nos jogos, todo
preocupado porque o mundo é perigoso e, no instante seguinte, todo
Meteoro Vermelho radical. E aí você tem uma personagem
interessantíssima arruinada por meros motivo de humor infantil e
Bianca se tornou uma personagem ainda mais opaca à medida que a
série foi passando oscilando entre esses momentos de
super-auto-confiança e baixa auto-confiança.
Bom, com a falha de Trip em conquistar,
surgiu Stephan, o primeiro rival totalmente original de BW. E
talvez por isso o que tenha dado mais certo até agora – ao menos
para mim. Stephan funciona porque ele é um personagem fácil de
gostar porque não é metido e nojento como Trip nem chato como a
Bianca, tem seu jeito próprio de fazer as coisas com um tom de
comédia que não é banalizado demais (exceto talvez pela piada
maldita com a pronúncia do seu nome, mas isso já foi corrigido) e
ele tem batalhas muito boas! Inclusive fazendo combinações de
golpes que eram tão comuns em DP, inclusive realizadas pelo
próprio Ash, mas que por alguma razão BW faz ele ignorar
completamente. Enfim, não me surpreendi quando me peguei torcendo
para o Stephan vencer o Ash na Liga Unova, honestamente. Pena que
isso não aconteceu. E por mais que eu considere Stephan bacana, há
de se concordar que como personagem ele também não foi o suficiente
para dar uma nova motivação a Ash. A relação entre os dois era
tão pálida quanto a de Ash com os outros dois rivais mencionados
anteriores e aos seus coleguinhas de viagem – talvez porque Ash é
sem dúvida o peixe mais fora d'água em BW mesmo.
E aí você tem as rivais dos companheiros de viagem de Ash. May e Dawn tinham seus próprios rivais, mas para os Torneios isso nunca foi muito complicado e era até muito necessário. Mas como se dá rivais para Treinadores que não participam em competições regulares? Você cria razões estúpidas e infantis para estimularem a rivalidade, mas que rendem desculpas para mais alívio-cômico – porque esta saga precisou de MUITOS para suprir a falta da Equipe Rocket, papo que fica para depois – e cria torneiozinhos de batalhas para esses rivais serem reunidos ocasionalmente e mostrarem todos juntos o quão chatos eles são. A rival de Cilan se chama Burgundy, uma menina Especialista também mas que é classe C, enquanto Cilan é classe A, apenas um nível abaixo do máximo, S. Burgundy é basicamente uma má perdedora infantil e rancorosa que fica correndo atrás de Cilan competindo e perdendo contra ele e outros aí. Burgundy faz bosta nenhuma para melhorar como Especialista, mas deve fazer alguém rir com suas piadinha.
Então temos também Georgia, a rival de Iris! Meninas com problemas com Tipos de Pokémon não é novidade. Misty tinha nojo de tipos Inseto, havia uma Enfermeira Joy que detestava Pokémon Aquáticos em Johto, Iris não gosta de bichos do Gelo e Georgia aparentemente não gosta de Dragões. Só que diferente das demais, ela transforma seu desgosto em motivação e quer derrotar todos os Mestres de Pokémon Dragão, por isso se intitula Exterminadora de Dragões e sai por aí correndo atrás de Iris e seu Dragão (...Excadrill? Ah é, esqueci o Axew!) participando de torneiozinhos de batalhas aqui e ali onde ela quase nunca enfrenta um Dragão, tornando o seu título apenas uma exibição metida de uma recalcada. Pelo menos na Copa Júnior ela conseguiu enfrentar o Dragonite da Iris para compensar todo o stalking. Sim, ela também é uma má perdedora, rancorosa, convencida... parecidíssima com a Burgundy. Ambas também são parecidíssimas com outra rival de DP, Ursula, que atormentava Dawn.
Bom, mais para o final da saga eles
introduziram Cameron (é como Kotetsu é chamado nas Américas, não
tá sabendo?), o pirralho que não sabe coisas básicas como que você
precisa de oito Insígnias para entrar na Liga ou que numa Batalha
Total você usa seis Pokémon e que achava que a Liga Unova – por
alguma razão que nem Arceus sabe – aconteceria em Johto! Bom, de
qualquer forma, como regra básica, ele é melhor Treinador que Ash
em Unova. E o derrotará na Liga Unova usando cinco Pokémon contra
seis do Palletiano. Tenham um bom dia.
Bom, como não dá pra fazer um tópico
sobre isso. Pequenas considerações: além dos rivais mais sem graça
de todos os tempos, BW também tem outros personagens
infelizmente desinteressantes. A Prof.ª Juniper, por exemplo, é a
mais sem graça e sem personalidade de todos os Professores Pokémon
do anime – seu pai, porém, Cedric Juniper parece ter mais a
oferecer que ela nesse sentido, o que é uma pena. Nos jogos os
professores em geral não tem muita personalidade, mas o anime sempre
fez um trabalho decente na caracterização deles, como Prof. Elm e
sua disputa pessoal com o Prof. Carvalho ou Prof. Rowan e seu jeito
sério de dar medo, mas eles não se esforçaram muito com Juniper.
Só gosto dela na versão brasileira porque Márcia Regina lhe
confere mais carisma do que sua dubladora original (o fato de eu ser
fã de Márcia Regina pode influenciar um pouco também =P).
Também queria apontar que a situação
de BW é tão ruim que eles conseguem até estragar
personagens em estabelecidos na série. Depois de Ash e da Equipe
Rocket, eles tiraram Dawn lá de onde ela estava, em Hoenn, para uma
participação longa e sem propósito onde ela só figurava lá para
chamar atenção da galera de DP – o que funcionou, já que
muita gente voltou a ver BW só pela Dawn para se decepcionar
de novo com a participação inútil dela. Além de basicamente não
chamar a atenção nessas aparições e não contribuir em nada para
a série – diferente das aparições de Misty em AG e May em
DP – eles ainda bagunçaram a rota de viagem dela todinha,
sua carreira como Coordenadora e praticamente fizeram dela uma
viajante sem rumo.
Ah, como eu te odeio Best Wishes!...