quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Sir Charithoughts: Pokémon XY037

XY037/ Episódio 841 – Caverna dos Reflexos! Ash e o Ash do Outro Lado Espelho!?

Não é de hoje que o reflexo do homem fascina o próprio homem. Desde o afogamento de Narciso pela paixão à própria imagem até o dia em que Alice decidiu ver o que havia através do espelho, esses objetos marcam presença constante em obras de ficção. Seja para revelar a verdadeira identidade de monstros ou verdades sombrias sobre alguém, refletir os mais íntimos desejos de uma pessoa ou até mesmo como portal para um outro mundo, esses curiosos objetos habitam diversas obras relacionadas a mundos fantásticos, de norte a sul, oriente e ocidente. É então até surpreendente pensar que Pokémon, uma série na qual tudo é possível, tenha demorado cinco gerações para botar seu primeiro espelho mágico em ação: o Espelho Revelador (Reveal Glass). Estreando nos jogos Pokémon Black 2 & White 2, o objeto mostra as verdadeiras formas das Forças da Natureza (Thundurus, Tornadus e Landorus) de Unova. O tal item retorna nos jogos Pokémon X & Y, sendo entregue ao jogador na Caverna dos Reflexos (Reflection Cave) – e que lugar melhor que uma caverna cheia de espelhos naturais para se ganhar um espelho mágico?
Entretanto, já tendo utilizado o Espelho Revelador em Best Wishes!, os roteiristas decidiram ampliar o conceito da caverna da região de Kalos acrescentando um elemento X(Y rs) que deve ser a melhor nova ideia que eles tiveram em muitos anos: um universo paralelo! A possibilidade de existência de outros mundos coexistindo com nosso, mas num universo diferente, inclusive com leis naturais próprias, é tão antiga quanto o próprio conceito de Céu e Inferno. Já a ideia de outras realidades muito semelhantes à nossa, mas com divergências significativas (na maior parte do tempo, frutos de eventos específicos que terminaram de forma diferente ou personagens com contrapartes que diferem completamente da "original") é relativamente recente, mas já igualmente incorporada à cultura pop. Séries como Buffy – A Caça-Vampiros, Community e Awake, o desenho Liga da Justiça, o anime Neon Genesis Evangelion, o filme Star Trek, os universos da DC e da Marvel nos quadrinhos e o jogo The Legend of Zelda: Majora's Mask são exemplos de diferentes produções que exploraram o conceito de realidades alternativas nas últimas duas décadas.
Como fã de carteirinha de Zelda, Buffy, Star Trek, Community e DC Comics, não vou mentir que foi uma surpresa maravilhosa ver que ao atravessar o espelho tal qual Alice, Ash chegava a um universo paralelo! Nesse universo, porém, ele se deparou mais do que com um mundo bastante diferente daquele em que habitava, ele encarou as contrapartes opostas dele e de seus amigos. A escolha do roteirista Shoji Yonemura (A Campeã Diantha Aparece! Mega Gardevoir na Neblina!!) de não focar no mundo paralelo em si, mas nessas contrapartes de Ash e cia foi uma ótima decisão. Há um cuidado minucioso na composição desses personagens: na forma como se comportam, como falam, até na entonação de sua voz. 
É divertidíssimo ver um Clemont que corre super-rápido e acredita no poder místico, uma Bonnie superadmiradora das capacidades do irmão e excessivamente formal e Serena pró-ativa (de novo hm) batalhadora agressiva falando que nem caipira(?) e desprezando um Ash "chorão" com falta de autoconfiança. Cada personagem da realidade alternativa é construído em cima dos opostos daqueles que conhecemos. Até mesmo Pikachu, Fennekin e Hawlucha ganharam versões alternativas! E o fato de eles terem construído contrapartes tão bacanas a partir dos personagens originais apenas serve para nos mostrar mais uma vez o quanto eles se dedicaram para tornar Clemont, Bonnie e até Serena personagens bem definidos.
Os animadores também são bem-sucedidos na forma como retratam cada personagem. Há um cuidado no desenho de suas expressões, nas suas poses, cada detalhe correspondendo às suas respectivas personalidades (Ash introvertido ordenando ataques com os braços mais junto ao corpo, por exemplo, uma característica comumente associada a pessoas introvertidas). Outro ponto legal é quando eles colocam em contraposição a cena dos dois Clemont dando as suas ideias de como encontrar Ash e/ou Pikachu e ficamos diante das formas diferentes como cada um executa seu plano e como cada personagem reage a eles. Há bastante capricho da equipe de animação na representação dos ambientes. Pra começar, a Caverna dos Reflexos é lindíssima e reflete (ba da tss) bem a atmosfera de sua contraparte dos jogos, com todo um clima místico especial e as aspecto de labirinto. O mundo do espelho é igualmente bem representado. A forma como as cores utilizadas para representar este mundo diferem daquelas do universo ao qual estamos habituados – um pouco mais opacas – dá um tom especial para o local, enquanto ainda parece bastante familiar.

Sobre a trama do episódio em si, ela é, na verdade, bastante simplista: Serena leva Ash e cia até a Caverna dos Reflexos, aonde o reflexo de Ash misteriosamente deixa um dos cristais espelhados e leva Pikachu, fazendo Ash ir parar numa realidade alternativa - o que, por si só, é um fato solo sensacional. Há também um certo foco em Serena neste capítulo, em ambos os mundos. Se no mundo do espelho, ela parece agir como uma líder do grupo, meio metida a valentona, desafiando Ash e tudo, no outro mudo ela sofre diante da possibilidade de nunca mais ver Ash outra vez (os shippers piram). Além disso, é ela quem pega Ash quando ele pula entre os portais dos mundos, salvando-o de cair numa dimensão abstrata. Os outros ajudam, é claro, mas fica evidente que a importância aqui era da garota - a câmera até se posiciona do ponto de vista dela em certo momento e ela estava no centro. Uma pena que nas duas vezes que Ash gritou pelo nome do grupo, ele chamou foi o nome de Clemont primeiro :x 
Outro ponto positivo do episódio é a interação de Ash com o pessoal do mundo alternativo. É legal, por exemplo, ver o quanto ele estranha a forma como Serena e Bonnie falam e também não se empolga com a magia do Clemont da mesma forma que com o poder da ciência #AshCéticum Eu também gosto de como ele não ralha com o outro Ash nem o chama de chorão em momento algum. Do contrário, ele o encoraja e eu acho que isso apenas ressalta suas qualidades como pessoa. É também legal ver como que, apesar de ambos Ash falharem em enfrentar as Equipe Rocket com seus Hawlucha, o Clemont e a Serena paralelos conseguem resgatar os Pikachu por conta própria. Embora a relação deles com o Ash "chorão" não fique muito clara - por que eles viajam juntos se eles ficam ofendendo o Ash "chorão" o episódio todo? -, a cena em que eles o parabenizam no final por fazer a Equipe Rocket decolar ao menos serve para mostrar que eles se importam com o Treinador do Pikachu sacana. E eu gosto que o Ash sempre diz, ao final do episódio, que de agora em diante o quarteto do mundo espelho vai se dar bem - me deu a impressão de que ele teve uma conversinha com eles, embora duvido que isso tenha realmente ocorrido.
O problema aqui é quando o episódio acaba, somos deixados com um bocado de perguntas em aberto que, se não são relevantes para a jornada principal que acompanhamos, ao menos abrem espaço para muita curiosidade e especulação: como a Equipe Rocket foi parar no mundo do espelho? Por que o Ash do mundo do espelho está viajando numa jornada? Ele coleta Insígnias? Ele conseguiu alguma? Por que a Serena do mundo paralelo é tão dura com ele? Se a Serena do espelho batalha bem, quer dizer que ela também pegou algum Pokémon? Se sim, qual? E ela é mesmo a líder do grupo, como aparenta? E a Equipe Rocket heroica? E a Equipe Rocket bandida? Como eles escaparam da realidade alternativa depois que o sol se pôs? Que outras realidades alternativas devem existir? Veremos alguma delas no futuro?
Eu entendo perfeitamente a escolha de Yonemura de centralizar na caracterização em vez dos acontecimentos em si porque isso dá um norte ao episódio, mas o simples fato de uma narrativa tão interessante ficar restrita a um episódio de 22 minutos chega a ser um pecado. Uma história como esta merecia um arco próprio! Merecia Serena, Clemont e Bonnie se aventurando nesse universo alternativo também e interagindo com suas respectivas contrapartes, merecia mais exploração da região de Kalos do Mundo Espelho, merecia mais cenas da Equipe Rocket heroica além de um excelente cameo no final. E acho que essa é a maior frustração que fica quando o “to be continued” aparece: a ideia de que este pode ter sido um episódio único que deixou um gosto imenso de quero mais na boca. E talvez este seja mesmo o seu grande mérito: essa vontade por mais.
Embora eles até comentem no final sobre a possibilidade de reencontrarem suas contrapartes um dia (está na minha listinha de possibilidades para o futuro, junto da aparição dos irmãos do Sanpei), esta pode muito bem ter sido uma ocorrência única que será esquecida. Se for mesmo como minha previsão pessimista diz, então será uma grande pena na realidade. Eu também lamento que tenha demorado tanto para os roteiristas fazerem um episódio assim. Teria sido perfeito se já tivéssemos algo do tipo na época da série original. Eu ia amar ver uma Misty treinadora de Pokémon Insetos hidrofóbica e um Brock que cozinha mal e foge da cantada da mulherada... ou que passa cantada em rapazes hihihi Mas fica aqui registrada minha esperança para um arco no futuro que explore mais as realidades alternativas de Pokémon porque elas abrem muitas portas e tem um certo Pokémon na região Kalos que pode justamente ser a chave para minhas preces.
Considerações finais:
  • Apesar de ter demorado seis gerações para inserir uma realidade alternativa no anime, os jogos Black & White e suas sequências já exploraram o conceito na geração passada. Lá, havia duas Cidades de Opelucid: uma moderna e a outra mais tradicional, além da Cidade Negra, exclusiva de Pokémon Black, e da Floresta Branca, exclusiva de Pokémon White. Através da conexão wireless, era possível que o jogador atravessasse a barreira que separava os mundos e mergulhasse na realidade alternativa de outro jogador através do Entralink;
  • A abertura deste episódio foi feita com cenas do filme de Diancie. O começo com os cristais na caverna me fizeram pensar por um momento que se tratava de uma abertura própria do episódio porque caiu tão bem com o cenário da Caverna dos Reflexos;
  • Eu adoro como tudo em Pokémon basicamente se acerta numa batalha Pokémon. Então Serena do mundo do espelho não acredita em Ash e como ela decide se vai acreditar ou não? Só se ele batalhar com ela! O irônico é que considerando que o Ash do mundo do espelho perdia pra ela, dessa vez fez bastante sentido;
  • Eu já devo ter mencionado aqui antes que eu não sou fã de dublagem japonesa (estou vendo Hunter X Hunter no Netflix apenas lamentando que não tem a opção de ver com a versão da Álamo), mas os dubladores japoneses de Pokémon XY continuam a me surpreender. A atuação de Rica Matsumoto fazendo os dois Ash foi magnífica. Tudo na voz dela parecia diferente. O mesmo vale para Yuki Kaji e Mayuki Makiguchi, as vozes de Clemont e Serena, respectivamente, que também conseguiram diferenciar bastante. Eu também imagino que deva ter sido divertido pra caramba pra eles fazerem seus personagens tão diferentes;
  • Outro mistério do episódio: a magia de Clemont realmente funcionou ou foi só coincidência? E aí, o que vocês acham?
  • A prévia do próximo episódio foi narrada pelo nosso inventor favorito e não teve nenhuma BGM. Hm... interessante. Um episódio obscuro à vista?
  • Serena quer saber se ela viajará com Ash para sempre e ele diz que é óbvio que sim. Doce ilusão desse coração apaixonado... espera só até chegar a nova geração, Serenita;
  • Eu adoro quando a Equipe Rocket acha que o Ash do espelho é o irmão gêmeo do outro Ash. Me lembrou quando o garoto de Pallet estava vestido de Mr. Mime e a mãe dele havia encontrado o Mr. Mime que ela eventualmente adotaria, e no momento em que ambos aparecem juntos e ficam confusos ela solta um "Ash tem um irmão gêmeo" XD
  • Ei vocês, viram minha mensagem nada subliminar sugerindo filmes e séries pra vocês? Então, comecem a ver Buffy JÁ. Um das melhores série dos anos 90! Tem completinho no Netflix e nas Internets da vida;
  • Então quer dizer que o Japão não exibe o episódio do Skrelp por respeito ao acidente da Coreia, mas a própria Coreia faz a exibição na boa??? Chupa, Japão! XD
  • Este episódio atraiu 5,2% do público japonês, ficando em 7º lugar no ranking semanal;
  • Minha demora para publicar este charithought se deveu em parte porque eu aproveitei pra atualizar a parte final da minha matéria da Longa Trajetória de Pokémon no Brasil de Pokémon - O Filme. Tem bastante informação nova lá e vários gifs. É só clicar aqui. Agora eu devo mexer em mais um Guia de Batalhas antes do próximo texto, então sejam pacientes (eu não tenho a menor pressa rs);
  • Novamente, os comentários foram respondidos na postagem anterior;
Imagem por: KurumiErika

8 comentários:

  1. Hunter x Hunter e Zelda, bastava colocar essas duas palavras na matéria e eu já colocava ótimo. *--------------------*
    De qualquer forma, está de parabéns, a cada Charitought você se vai superando! ^^

    ResponderExcluir
  2. Qui porcaria! Perdi meu tenpo lendo essi testo ruim!
    Odeiu pokémons e odeiu todo mundu.

    Só quem eu amu é u Dedêni e u Raulutcha!
    .
    .
    .
    .
    .
    .
    .
    .
    .
    .
    Hey, sai fora Cláudio do Mundo dos Espelhos!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Mas gente o Cláudio do Mundo dos Espelhos pulou algumas etapas de alfabetização! XDD

      Excluir
  3. Sabe o que meu eu pessimista pensou quando acabou o episódio (acabei de ver ^^)? Foi o seguinte: já aconteceu tanta coisa, mas tanta coisa na Jornada do Ash... ele já conheceu tantos Pokémon incríveis, conheceu civilizações antigas, teve experiência de viajem no tempo e até já teve contato com outras dimensões antes, mas tudo isso só teve alguma importância na vida dele enquanto estava acontecendo. No episódio seguinte, era como se nada tivesse acontecido de verdade.
    Poxa, foi um filler, mas o Ash conheceu um Claydol gigante de tempos antigos e isso não foi nada para ele! Ele ficou todo choroso com o Sammy voltando pro tempo dele e nem se importou de procurar o Sammy do tempo dele!
    Ando apostando muito em XY e talvez eu me surpreenda vendo um arco inteiro abordando o Mundo dos Espelhos, ou um longa, curta, especial, sei lá. Porque não um "Mirror Pokémon Chronicles"? Por favor, XY, continue me surpreendendo!

    Só acho que essa história de dimensões paralelas e futuros alternativos só deixa muita bagunça na cabeça de todo mundo. Por isso mesmo prefiro nem me apegar às inúmeras possibilidades que este episódio nos dá.
    Imagina se inventarem de refazer TODA a Joranda do "nosso" Ash mas pelo ponto de vista do Ash do espelho!? Minha nossa, não quero nem pensar no quão entediante ficaria a Saga Johto. que já é demorada com um Ash impulsivo. Com um Ash lerdo, ela demoraria 15 anos mais para terminar!

    Sobre a promessa do Ash para a Serena, sabe que acho que desta vez ele tem chance de cumprir? Sei lá, ela não me parece o tipo de personagem feminino que viaja com o Ash por uma Geração e vai embora... quer dizer, ela faz parte do passado do Ash, então algo me diz que ela pode a servir de Brock pra próxima Geração, pelo menos. Os Limões até podem terminar a série voltando pro Ginásio, pois eles possuem um ar de Misty e Max em seus destinos [um volta pra seu Ginásio para ocupar seu devido lugar e o outro, por ser pequeno, deve ficar em casa ou com seu(a) irmão (a)].

    Aliás, por falar em Gerações diferentes, é certeza que a May vai passar mais algum tempo com o Ash agora que os remakes serão lançados. Torço muito pra isso acontecer! Seria legal ver a Serena ficando com ciúmes da May, por ela já ter viajado com o amado e precioso Ash.

    No mais, maravilhoso texto, como sempre, Sir!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, é uma coisa que sempre me ocorre também, o quão pouca importância Ash e cia dão para esses eventos super especiais, mas acho que eles meio que fazem parte de ser um Treinador, por isso acabam perdendo o impacto. Tipo, pense no Ritchie, por exemplo. Em dois Chronicles, ele viajou no tempo e viu Moltres XD Então eu acho que faz parte da experiência de jornada no mundo Pokémon passar por essas coisas maravilhosas, então os Treinadores acabam nao achando relevante ficar contando elas e tal. Bom, do ponto de vista de produção, tbm não é mto viável. Ainda que Pokémon tenha desde DP uma continuidade mto forte ao longo dos episódios, a ideia é ainda ter histórias fechadas toda semana pra facilitar para as pessoas que perderam o episódio da semana não ficarem prejudicadas qdo forem assistir ao capítulo seguinte. Isso sem contar que liberta as pessoas de terem que lembrar de tantos detalhes.

      Nossa! Pokémon Chronicles do mundo do espelho? Ideia interessante... mas não sei. Poderia dar mto certo ou poderia enjoar fácil rs Eu acho que o legal é misturar os dois e não investir em um apenas. Mas ainda nem sabemos se esse mundo do espelho voltará a ser importante né XD Então esperemos.

      Bom, de fato, considerando que ela ainda não decidiu o que quer ser e sua jornada parece ser uma de autodescoberta, pode acabar sendo que ela fique mais umas gerações aí pra decidir. Mas sinceramente eu quero que ela saia ao final de XY pq... well, eu não gosto da Serena. Simples assim.

      Sobre a volta da May, um bocado de gente tem apostado nisso. Eu não sei. PODE acontecer, mas tbm pode simplesmente ser deixado de lado já que os roteiristas parecem que estão querendo manter personagens antigos o mais longo o possível das nossas memórias. É uma situação 50/50. Novamente, esperemos.
      Obrigado ^^

      Excluir
  4. Mais um ótimo charithought!

    Essa nova geração está sendo tão excitante, nunca tinha acompanhado a série dessa maneira: com audio original, com abertura e encerramento completo, e de maneira linear, tudo certinho. O cartoon network vivia mudando o horário dos episódios novos e vez ou outra eu acabava perdendo algum, tendo que esperar a boa vontade deles de reprisarem o episódio. Lembro que só consegui assistir ao episódio em que o Ambipom vai embora no votatoon, porque parece que algum evento do canal tinha atrapalhado a exibição dos episódios ou coisa assim, e alguns episódios foram pulados, não lembro. Assistir assim me traz uma empolgação a mais que já começa pela abertura. E o encerramento me deixa com mais vontade ainda de ver o próximo episódio.
    É claro que nada se compara as vozes com as que eu já me acostumei. Apesar dos problemas com a tradução, no Brasil parece haver uma preocupação maior com a escolha dos dubladores. Em BW, por exemplo, a voz da Iris era tão perfeita, tão meiga, tão natural, não só a dela como a dos demais, com exceção a voz do Ash. Ele realmente deveria engrossar a voz, acho que a entonação que o Fábio usou para fazer Kiba em naruto, cairia muito bem para o Ash, principalmente nessa nova fase, mas, enfim...
    Algo que me agrada bastante em XY são os roteiristas que parecem estar levando a sério essa paixão da Serena, é tão fofinho ver ela preocupada em nunca mais ver o Ash :3 Espero que continuem, mesmo que não dê em nada.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ei Charles, obrigado!

      Sim, realmente é uma experiência ótima acompanhar assim! Eu já havia feito isso com Diamond and Pearl - e depois eu vi os episódios dublados pra conferir como tinha ficado - e é ótimo mesmo, mas como eu parei BW depois do episódio 50, era uma sensação da qual eu sentia falta.

      É realmente triste que o Cartoon Network não tenha mais cuidado com a exibição do anime. Problemas como esse que vc relatou acontecem desde os meados do começo dos anos 2000 e até hoje eles não tomaram vergonha na cara!

      Em relação à dublagem, eu totalmente concordo contigo que essa voz do Lucindo está fora de tom com a série atual. É uma exigência patética da distribuidora que agrada a NINGUÉM. O Lucindo é um ótimo dublador e mto competente, mas esse tom de voz que ele usa até atrapalha seu trabalho. Eu realmente me preocupo que esse tom não vá combinar com o Ash de XY. Uma pena mesmo :/

      Excluir